BOA/MG: EC145 faz primeiro atendimento em BH
09 de fevereiro de 2015 3min de leitura
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Minas Gerais – O helicóptero, modelo EC 145, adquirido por R$ 35 milhões, para atuar em atendimento à vítimas durante a Copa do Mundo, foi utilizado pela primeira vez na manhã desta segunda-feira (2/2/15), no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, que é o responsável por operar a aeronave – que passou também a se chamar Arcanjo – com este, a corporação terá um total de três helicópteros para atuar no socorro à vítimas e ainda um avião Cessan. Tripulam o novo helicóptero bombeiros e uma equipe de médicos e enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O motorista que ficou ferido em uma batida com um caminhão no Anel Rodoviário, foi atendido pelos tripulantes da nova aeronave, que levou 30 minutos, desde que levantou voo até o pouso na unidade de saúde, conforme a sala de imprensa dos bombeiros. Do ponto da colisão até o Hospital João XXIII, o helicóptero levou cinco minutos de deslocamento.
Relembre
No dia 29 de maio do ano passado o Governo de Minas anunciou, em uma cerimônia de entrega, a aquisição do primeiro helicóptero biturbina dos seis que seriam adquiridos para atendimento no Estado. Na época, a informação era de que a aeronave, de R$ 35 milhões, seria utilizada no socorro de pacientes mais graves durante a Copa do Mundo. O que ninguém imaginaria é que, desde a apresentação, o helicóptero não tornaria a alçar voo do Hangar do Corpo de Bombeiros, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
O helicóptero, modelo EC 145, foi adquirido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a operacionalização do equipamento seria responsabilidade do Corpo de Bombeiros. Ainda de acordo com a Agência Minas, ele está equipado com o mais moderno kit aeromédico disponível no mercado mundial, utilizado pelos maiores operadores do segmento de saúde nos Estados Unidos e Europa.
Entretanto, toda esta tecnologia ainda foi utilizada até então somente para testes e treinos, já que, ainda de acordo com a SES, no governo anterior houve falhas em procedimentos para contratação das equipes médicas que comporiam a tripulação da aeronave. Na época, foi divulgado que a aeronave seria tripulada por bombeiros e médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), tendo capacidade para duas macas com dois pacientes, um médico, um enfermeiro, um tripulante operacional militar, um piloto e um co-piloto.
No início de janeiro, a SES informou que o atual governo, por meio do Corpo de Bombeiros e da secretaria, já iniciou estudos e ações para acelerar essas contratações e viabilizar a utilização do aparelho o mais breve possível.
No dia 9 de janeiro, ao assumir o comando-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Luiz Henrique Gualberto afirmou que Minas Gerais tem atualmente um déficit 1.720 militares. O Estado conta atualmente 6.280 bombeiros e 1.100 viaturas instalados em somente 58 cidades para atender todos os 853 municípios. Em 2014, a corporação atendeu 348 mil ocorrências, quase 1.000 por dia.
Posição do Governo
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, por meio de nota, que o helicóptero não havia sido utilizado até então devido a falhas, por parte da administração anterior, com relação aos procedimentos para contratação das equipes médicas que compõem a tripulação.
Ainda segundo a SES, a composição de equipes para tripulação, o sistema de regulação aeromédica e as ações inerentes ao processo de operacionalização dos serviços de atendimento aéreo foram devidamente realizados e estão em contínuo aprimoramento.
Os equipamentos
Entre os sistemas instalados na aeronave estão equipamentos de tecnologia avançada, dispositivo para rapel, duplo comando, farol de busca e pouso, sistema de diminuição de ruídos e sistema automático de controle de voo.
Além do atendimento inter-hospitalar, a aeronave será destinada para o atendimento primário e secundário e é totalmente equipado para prover Suporte Avançado de Vida, além de transporte de órgãos e tecidos para transplantes e apoio à Força Estadual de Saúde em casos de catástrofes no território mineiro.
Fonte: O Tempo
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