Rondônia – Alice Penha, nascida prematuramente aos sete meses, há um ano, num voo do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar, foi bem amamentada, e atualmente já come peixe, pesa oito quilos e está quase andando. Ela mora em Guajará-Mirim, a 366 quilômetros de Porto Velho, na fronteira brasileira com a Bolívia.

“Eu me mudei do bairro (Dez de Abril) para uma casa no centro da cidade, e aqui comemoramos o primeiro aniversário dela”, contou, por telefone, a mãe Jéssica Penha Gomes, 19 anos.

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O avô, Francimar, e a avó materna, Francisca Costa Penha Malaquias, não ficam um só dia sem ver a neta. “Levo ela pra casa deles sempre ao meio-dia. É o xodó deles”, contou Jéssica.

Casada com o cabo Carlos Cortez, do 6º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército, ela concluiu o Ensino Médio e fará um curso de atendente de farmácia.

Enquanto não arruma emprego, dedica-se totalmente à criação de Alice. “Ela só gripou uma vez”, contenta-se.

O parto de Alice ficou famoso. Foi feito pelo médico Fernando Javier Camacho Castilho e pela técnica em enfermagem Maria Nilce, em 12 de abril do ano passado, um domingo, a 7,5 mil pés de altitude, no banco traseiro do avião do GOA, matrícula PT-DPH, quando sobrevoava o distrito de Nova Dimensão, município de Nova Mamoré (Oeste de Rondônia), a 290 quilômetros de Porto Velho. Após o parto, com êxito da equipe do GOA , ela foi atendida no Hospital de Base Ary Pinheiro, na capital.

O tratamento humanitário proporcionado pelo governo de Rondônia possibilitou às mulheres com gravidez de risco, pacientes oncológicos – alguns em estado terminal –, ou carentes de outras especialidades médicas, chegarem também a hospitais de Barretos (SP), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e São Luís (MA).

O GOA faz também o transporte de medicamentos e de órgãos captados no interior de Rondônia. Cacoal e Ji-Paraná são os municípios onde mais ocorrem doações de córneas, coração, fígado e rins para cirurgias feitas no Hospital de Base. Trabalham na equipe de 17 pessoas: sete pilotos, sete tripulantes operacionais, dois mecânicos, uma enfermeira e uma médica.

Governo de Rondônia, por Montezuma Cruz.