O nome “Brumadinho” tinha por origem o fato do local estar próximo à antiga vila de Brumado Velho, que teria sido assim denominada pelos bandeirantes por causa das brumas comuns em toda a região montanhosa em que se situa o município, especialmente no período da manhã.

Depois de 25/01/19, Brumadinho significa tragédia.

Foto: CBMMG

Foto: CBMMG

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu, liberando 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Um mar de lama e destruição se irrompeu vale abaixo.

Enquanto todos tentavam entender o que aconteceu, os valorosos bombeiros de Minas Gerais faziam acontecer. Enquanto alguns eram tomados de espanto, os profissionais de segurança pública de Minas Gerais eram tomados de coragem. Enquanto alguns olhavam incrédulos a notícia pela TV, vítimas e parentes olhavam para as aeronaves de segurança pública como a materialização do socorro.

O rompimento ocorreu as 13h37 de sexta-feira, dia 25/01, e em menos de uma hora era notícia nos meios de comunicação.

Você tomou conhecimento da tragédia vendo uma aeronave já em atuação. Quando a mídia reportou a tragédia, as aeronaves das forças de segurança pública de Minas Gerais já espalhavam esperança em um ambiente de obscuridade e perplexidade.

Um salvamento realizado pela equipe da aeronave EC145 Arcanjo 04 mostrou ao vivo o significado de seu designativo operacional “Arcanjo”. A mão salvadora estendida no fim da esperança, o vulto de anjo visto pelos olhos das vítimas e parentes angustiados contagiou de ansiedade todos que assistiam a cena.

Foto: Reprodução TV Record

A maestria da Comandante da aeronave possibilitava a atuação confiante do Tripulante Operacional no resgate da vítima. Um treinamento incansável era colocado em prática. Como uma valsa, pilotos e tripulantes demonstravam uma maestria de habilidade, técnica e confiança.

Diante de tamanha responsabilidade, não poderia ser diferente a enorme exigência, os minuciosos critérios, a exaustão física e emocional a que são submetidos os profissionais que almejam tal posição a bordo dessas aeronaves.

Quando as primeiras autoridades tomavam as primeiras medidas e decisões de mobilização de recursos, a Aviação de Segurança Pública já estava com 12 aeronaves no local, onde os Arcanjos receberam o reforço dos Pégasus, Carcarás e Guarás.

Em menos de 24 horas do desastre, se ombreavam em solidariedade as aeronaves Caçador 05 (CAOP/PF) e Bombeiro 05 (GOA/CBMERJ), com outras aeronaves também a caminho. Todos ávidos por cumprir sua missão de fazer a diferença.

Essa é a Aviação de Segurança Pública!

Um recurso considerado caro por alguns, criticado por outros, mas essencial e imprescindível no dia a dia e principalmente em um cenário de crise.

Em cima de uma tragédia indigesta como essa, onde muitas vidas se perderam, fica aqui o nosso respeito e profunda admiração aos irmãos de asas na intrépida atuação de salvar vidas e levar esperança nessa circunstância concreta de completo caos, esperando que oportunamente as autoridades reconheçam a importância e especifidade da operação de Aviação de Segurança Pública.

Atualização em 31/01/2019

Aeronaves de outras OASP em apoio ao estado de Minas Gerais:

GOA/CBMERJ – Bombeiro 05

CAOP/DPF – Caçador 05

DOA/PRF – Patrulha 03

CAv/PMESP – Águia 07 e Águia 18

NOTAER/ES – Hárpia 02