Rio Grande do Sul – Elas estudaram muito, passaram por seleção, treinamento, e hoje já voam a bordo de aeronaves das forças de segurança do Estado. A escrivã da Polícia Civil Camila Meggiolaro dos Santos, 31 anos, e a capitã da Brigada Militar Mariana Tigik Hoffmann, 38 anos, são as primeiras mulheres a pilotarem aeronaves nas corporações.

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De dezembro a março, Camila sobrevoou o litoral gaúcho na Operação RS Verão Total com o helicóptero Gavião 1 da Polícia Civil. A piloto, que sempre quis seguir a profissão na aviação, conta que espera incentivar outras mulheres.

“No litoral eu fui presenteada com muitas situações de mães com meninas, principalmente pequenas, nos procurando para tirar foto, para conhecer a aeronave, e aproveitando a oportunidade para incentivar as meninas ao ingresso na corporação ou demonstrar-lhes que podem chegar aonde querem”, ressalta Camila.

A escrivã Camila espera incentivar outras mulheres a seguirem a profissão - Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

A escrivã Camila espera incentivar outras mulheres a seguirem a profissão – Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

A capitã Mariana também protagonizou um momento histórico. Ainda em formação no Batalhão de Aviação da BM, ela fez, em fevereiro, o primeiro voo no Guapo 10 – avião Embraer 710 Carioca –, sem a presença de instrutor.

- Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

– Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

“Este ano foi feito o primeiro voo com uma mulher e ano que vem vai ser o centenário do primeiro voo da Brigada Militar. Vou ser uma pilota já completa, apta a fazer as atividades de segurança pública porque ainda estou em período de instrução. Então, para mim, vai ser algo ímpar. E acredito que vai ser muito relevante para a história da Brigada e do Batalhão de Aviação”, disse.

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– Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

A piloto pioneira na BM destaca a presença de mulheres na aviação. “Fico muito feliz com isso, pela receptividade dos colegas, de todos aqui, de todos que trabalham no batalhão, dos mecânicos, dos tripulantes. E realmente, tratada de forma igual a todos os pilotos, sem discriminação nenhuma”.