Rondônia – Após quase nove anos em atividade e contribuindo para a segurança de Porto Velho, o Núcleo de Operações Aéreas (NOA) foi desativado pela Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec/RO) no último dia 13 de novembro deste ano.

O motivo da desativação foi a criação de três unidades aéreas que irá funcionar no mesmo prédio onde funcionava o antigo NOA. O local foi construído em apenas sete meses com recursos da Justiça do Trabalho, no valor de R$ 2,5 milhões.

NOA

De acordo com o coronel Carlos Lopes, houve uma reestruturação na segurança pública e o Estado passou a contar, desde 2012, o Grupo de Operações Aéreas (GOA), e em 2018 o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar e o Serviço Aéreo Policial da Polícia Civil. As três unidades foram criadas para dar uma maior autonomia operacional para essas instituições do Estado.

Ainda de acordo com o coronel, o helicóptero Falcão 02 que era exclusivo para policiais militares e civis atuarem na segurança pública em missões de resgate, policial, buscas, fiscalização ambiental e apoio aos órgãos federais, era alugado e foi devolvido com a desativação do NOA. Essa desativação, segundo o coronel, irá reduzir a qualidade o serviço prestado à população, “porque o apoio era dado com rapidez não será mais possível com o Falcão 02, que é inferior”.

O Estado está na eminencia de receber duas aeronaves que foram doados pela Polícia Civil do Estado de São Paulo e uma delas seria para o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar e o segundo para o Serviço Aéreo da Polícia Civil, mas o comandante geral da Polícia Militar foi aconselhado a recusar a doação por ser uma aeronave antiga. “A equipe técnica do comandante orientou ele a recusar essa aeronave por ser muito antiga, requerer uma manutenção muito complexa e as peças para manutenção são difíceis de serem encontradas. Para que a gente possa prestar um serviço público de qualidade para a população, teria que ser uma aeronave igual ao Falcão 02 que foi devolvida”, enfatizou.

Já o Falcão 01, a única aeronave que vai ajudar os policiais na segurança, é bastante limitada segundo o coronel. “Ela é usada basicamente para voos de patrulhamentos, observação e instrução de pilotos. Fora isso, não é possível usar o helicóptero para realizar as mesmas atividades que o Falcão 02 realizava por ele ter a velocidade e alcance inferior”, disse Carlos.

A grande e completa estrutura financiada pela Justiça do Trabalho, também teve espaço para a criação do projeto social “Voar” que irá atender inicialmente 180 crianças moradoras da Zona Leste. “Aqui as crianças terão atividades esportivas com natação, artes maciais e futebol. O local, conta com banheiros adequados tanto para crianças e adultos, enfermaria, biblioteca, espaço para leitura, academia, cozinha e refeitório”, explicou o coronel.

Última missão

A última missão operacional do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) foi a localização de três vítimas que estavam perdidas em uma mata no ramal Joana D’ Arc, zona rural de Porto Velho, no dia 21 de novembro de 2018. A quarta vítima, um idoso de 65 anos não resistiu e faleceu, sendo também retirada pela aeronave do NOA.

Última missão do NOA Rondônia

 

 

fonte: rondoniagora