Goiás – Após exatos dois anos, ainda continua sem conclusão o laudo sobre as causas do acidente com o helicóptero da Polícia Civil que matou cinco delegados e dois peritos, além de Aparecido de Souza Alves, na época, principal suspeito de uma chacina ocorrida em
abril de 2012, na cidade de Dorvelândia e que deixou sete mortos.

A confirmação da inconclusão do laudo sobre a queda da aeronave é dada pelo próprio Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa), por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com o órgão, a média para conclusão de investigações sobre acidentes aéreos é de 18 meses. A Cenipa não informa nenhuma previsão sobre quando irá concluir o laudo com as causas do acidente.

Após dois anos, laudo sobre as causas do acidente com o helicóptero da Polícia Civil não está concluído. Foto: Danilo Bueno

Devido a falta do laudo da Cenipa, também não está fechado o inquérito da Polícia Civil sobre o acidente. “Todo o trabalho da Polícia foi feito, mas não podemos dar o inquérito por concluso sem esse laudo”, explica o delegado Norton Luiz Ferreira, assessor de Comunicação da Polícia Civil.

Seguro

O Helicóptero modelo AW119Ke – Koala, que caiu na cidade de Piranhas (noroeste do Estado), na tarde do dia 8 de maio com oito pessoas era único da Polícia Civil, e dois anos depois uma nova aeronave não foi adquirida. Segundo a Polícia Civil, um valor de aproximadamente R$ 6,5 milhões, referente o seguro da aeronave já está acordado entre Seguradora e Estado, mas ainda não foi pago. “Esse valor deve ser liberado bem em breve e tão logo isso ocorra será aberto um processo licitatório para a compra de uma nova aeronave”, explica delegado Norton Luiz Ferreira.

Considerado um dos maiores acidentes aéreos do Estado, a queda do Helicóptero da Polícia Civil matou delegados Osvalmir Carrasco, Bruno Rosa Carneiro, Antônio Gonçalves, Vinícius Batista Silva e Jorge Moreira; os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva, e ainda Aparecido Alves, acusado da chacina de Dorvelândia.

Indenizações pendentes

Após dois anos do acidente ainda está em aberto o pagamento das indenizações aos familiares das vítimas. Segundo Gizely Cândida Carrasco, viúva do delegado Osvalmir Carrasco, até o momento só foi pago o “Seguro Reta”, uma indenização obrigatória em caso de acidentes aéreos, que seria equivalente ao Seguro DPVAT, no caso de acidentes de trânsito.

Após dois anos, laudo sobre as causas do acidente com o helicóptero da Polícia Civil não está concluído.

“Ainda está em negociação o valor a ser pago pelo Seguro da Aeronave contratado pelo Estado. Já no caso da indenização por danos morais, nossa expectativa é de receber algo dentro de 30 anos ou mais já que depende de uma ação contra o Estado”, explica Gizely.

Fonte: O Hoje