Águia 18 salva pescador de 79 anos perdido no Rio Paraná
03 de fevereiro de 2017 3min de leitura
03 de fevereiro de 2017 3min de leitura
São Paulo – Foi num trecho do Rio Paraná, apelidado de “labirinto”, na cidade de Panorama, interior de São Paulo, que um idoso de 79 anos decidiu se aventurar para pescar. Depois de ficar quatro horas com o barco atolado na vegetação, o pescador conseguiu pedir ajuda e foi salvo por uma equipe da Base de Radiopatrulha Aérea de Presidente Prudente, nesta terça-feira (31/1).
Já passava da hora do almoço quando o pescador, de espírito aventureiro, se embrenhou na vegetação que circunda o rio para pescar. O idoso avançou tanto pelas águas do Rio Paraná, que chegou a perder de vista a margem e qualquer possibilidade de contato visual com pessoas.
Depois de lutar por horas, tentando cortar a vegetação com um facão para desatolar o barco, o homem ficou exausto e decidiu discar 193 em seu celular para pedir ajuda do Corpo de Bombeiros. Como seria impossível chegar de bote ao “labirinto”, a equipe do Águia 18 foi acionada para a missão.
“Por sorte o celular dele tinha sinal, mas não se deve usar o celular como meio primário em caso de emergência. O ideal é ir com alguém que conheça o local e ficar até onde se mantém contato com a margem”, orienta o capitão Amauri Domingos Demarzo, piloto do Águia. “Deve-se reconhecer os limites, ver até que ponto é possível voltar em segurança. É preciso se planejar para emergências e não achar que vai dar tudo certo”, completa.
O salvamento
O piloto, a copiloto 1º tenente Mayara Tanaka, e os tripulantes 2º sargento Rodrigo Felix e subtenente Levi Leiva, estavam em Pirapozinho quando foram acionados para apoio. Rapidamente, a equipe abasteceu o Águia na base de Presidente Prudente e montou o plano de resgate – que incluiu um cesto de salvamento – rumando, então, para Panorama.
O Águia 18 precisou voar baixo para que os PMs conseguissem visualizar a vítima em meio ao “labirinto”. Quando o pescador foi localizado, a equipe percebeu que seria impossível descer com o helicóptero, ou ele também afundaria. Para acalmar a vítima, os policiais sinalizaram que voltariam logo.
Um tempo depois, a equipe achou um local seguro para pousar e montou o cesto de salvamento. O subtenente Leiva já foi dentro do equipamento e conseguiu resgatar o pescador “são e salvo”, por volta das 18h40. Enquanto isso, o sargento Felix ficava passando as orientações ao piloto.
Depois de 10 quilômetros de voo sobre o Rio Paraná, o que levou cerca de cinco minutos, o Águia pousou em segurança no Balneário de Panorama, onde uma equipe do Corpo de Bombeiros já aguardava o pescador para atendimento. O idoso, que passa bem, ficou muito grato à equipe da PM.
O Águia 18 voou por sete horas ao longo do dia, tendo o salvamento como a última – e atípica – ocorrência desta terça-feira. “Esse tipo de ocorrência não é cotidiana e, por isso, tem complexidade muito maior para a gente. Ficamos muito felizes por ver que o trabalho foi bem feito e o resultado bem sucedido”, ressalta o capitão Demarzo, que está há 16 anos na PM e há sete no Águia.
Acostumados a apoiar ocorrências de roubo, com acompanhamento de criminosos, o capitão destaca a importância de casos como esse, quando se tem uma proximidade e trato direto com a vítima.
Em sete anos, o caso desta terça-feira foi o segundo salvamento feito pelas equipes que atuam na Base de Radiopatrulha Aérea de Presidente Prudente. A primeira, foi no ano passado, quando um homem, pesando 110 quilos, caiu do cavalo no Distrito de Montalvão, em Prudente, e fraturou coluna e costela.
Para resgatar a vítima, que se acidentou em uma área de morro, os policiais do Águia tiveram que fazer rapel e colocar o homem em uma maca, que foi ancorada na aeronave, suspensa por uma corda. O piloto do Águia naquele dia também era o capitão Demarzo.
Fonte: SSP-SP.
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