Acre recebe o primeiro avião para missões aeromédicas e de segurança
02 de setembro de 2019 4min de leitura
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Acre – Aeronave Sêneca III chegou neste sábado a Cruzeiro do Sul, depois de dez horas de voo desde Goiânia
“Missão dada. Missão cumprida. É com orgulho que repasso as chaves do Foxtrote Zulu, senhor”. A continência seguida da formalidade foi o primeiro ato do coronel Cleiton Almeida, comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer-Acre) ao entregar a aeronave de prefixo PP-FFZ, um Sêneca III bimotor a pistão, para o governador Gladson Cameli, no aeroporto de Cruzeiro do Sul, no início da noite deste sábado, 31.
Foram dez horas de voos desde Goiânia, com escala em Sinop (MT), Ariquemes (RO) e Rio Branco, até a chegada a Cruzeiro do Sul, onde Cameli montou provisoriamente o seu gabinete, em razão da Expoacre Juruá 2019.
A aeronave é um marco do compromisso do novo Governo do Estado do Acre com as populações interioranas, sobretudo as quem moram mais distantes de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul, onde a aeronave é essencial para o resgate aeromédico ou para operações de combate a crimes fronteiriços.
Emocionado, o governador afirmou que a finalidade do novo avião, repassado a custo zero pela Polícia Rodoviária Federal para o Governo do Acre, será uma forma de assegurar que as pessoas mais simples tenham um auxílio aéreo rápido e eficiente.
“Estamos, neste momento, garantindo a oportunidade daquelas pessoas que estão lá dentro da floresta de serem trazidos para os grandes hospitais a um custo quase zero e com muita rapidez. Isso me emociona porque tenho certeza que estamos cooperando para o bem daqueles que mais precisam da mão amiga do Estado nos momentos de aflição”, afirmou o governador Gladson Cameli, com as chaves da aeronave na mão.
Pelo menos R$ 2 milhões serão economizados mensalmente pelo governo, com a aquisição. O frete de uma aeronave de táxi aéreo custa em média R$ 25 mil para transportar passageiros que necessitem ser removidos para Rio Branco, por exemplo. Com a aeronave própria do estado, esse mesmo custo pode cair até para R$ 5 mil. Outro fator é o seu caráter multimissão, permitindo que as polícias a utilizem em suas operações.
Segundo afirma o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, “na administração passada, os órgãos policiais vinham operando num ambiente de debilidade, de anemia em relação aos recursos destinados à execução de algumas tarefas”.
“Por isso, essa aeronave simboliza hoje a retomada das ações aéreas pelo Sistema de Segurança Pública. Para as pessoas terem uma ideia, o Ciopaer encontrava-se com aeronaves paradas. Não decolavam, mesmo o estado mantendo uma série de convênios no sentido de realizar a manutenção dessas aeronaves, porque elas em solo têm o mesmo valor de manutenção das que estão em condições de voo”, explica o secretário de Segurança Pública.
Na área de Segurança Pública, segundo Paulo Cézar dos Santos, o Sêneca III doado pela Polícia Rodoviária Federal vai permitir que seja usada como plataforma de observação e como transporte de tropas, por exemplo.
A partir de agora, o Ciopaer conta em sua frota com um helicóptero Esquilo, o Harpia I, e o Sêneca. Mas até o final do ano, outro helicóptero Esquilo, também doado pelo governo, deve aterrissar no Acre.
Com a chegada de mais uma aeronave para o Ciopaer, o Governo do Estado do Acre amplia o time de grandes aviadores e de suas tripulações de técnicos acreanos. Além dos pilotos-oficias militares dos helicópteros, o Centro Integrado ganhou dois novos policiais-aviadores: o 1º sargento PM Jonas Souza e o 3º sargento Alisson Peres.
O sargento Jonas Souza tem 26 anos de Polícia Militar e dezesseis de aviação. E, 2003, fez os estudos teóricos de Piloto Privado, a primeira licença para se tornar aviador. Concluiu as horas de voo em 2005. Terminou o curso de Piloto Comercial em 2012, e logo em seguida, o obteve o certificado de Piloto de Linha Aérea.
Alissson Pereira, seu colega de voo, ingressou na Polícia Militar do Acre em 2002. Em 2015, concluiu o curso de Piloto Privado e em 2017, o Comercial.
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