Acidente com helicóptero AW109S do INEM/Portugal deixa quatro vítimas fatais
20 de dezembro de 2018 4min de leitura
20 de dezembro de 2018 4min de leitura
Portugal – Médico, enfermeira e dois pilotos morreram decorrente da queda de um helicóptero AW109S do Intituto Nacional de Emergência Médica – INEM de Portugal.
A queda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), ao final da tarde de sábado (15/12), no Valongo, distrito do Porto, causou a morte dos quatro ocupantes da aeronave.
A equipe aeromédicaa tinha sido acionada para transportar uma doente com problemas cardíacos graves. Pousaram no heliporto de Massarelos, embarcaram uma mulher de 76 anos, assistida no Hospital Distrital de Bragança, e transportaram-na para o Hospital de Santo António, no Porto, a 170 quilómetros, em linha reta. Segundo os registos do próprio INEM, a doente foi entregue aos cuidados da equipe médica do hospital já por volta das 18h10. A aeronave retornava para Baltar, no concelho de Paredes, onde iria reabastecer para depois retornar à sua base, quando desapareceu dos radares da Força Aérea por volta das 18h38.
Foi o INEM quem confirmou as mortes mas sem adiantar causas do acidente, num comunicado divulgado pouco depois das 2h00 de domingo. Os destroços foram encontrados à 1h30.
Numa coletiva de imprensa realizada depois da confirmação da queda da da pelo instituto, o comandante distrital da Proteção Civil, Carlos Alves, informou terem sido “encontrados os destroços do helicóptero, com os quatro corpos sem vida, dois junto à aeronave e outros dois mais afastados”.
Carlos Alves referiu ainda que os corpos das quatro vítimas foram encontrados 700 metros a sul da capela da Santa Justa, em Valongo.
O primeiro-ministro, António Costa, declarou “Quero naturalmente apresentar às famílias e amigos as mais sentidas condolências e dirigir uma palavra de solidariedade para todos aqueles que trabalham no Instituto Nacional de Emergência Médica e que prestam um serviço inestimável aos portugueses”.
Acidente mais grave ocorrido este ano
Este é o acidente aéreo mais grave ocorrido este ano em Portugal, elevando para seis o número de vítimas desde janeiro.
Segundo o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), este é também o acidente mais grave desde abril do ano passado, quando cinco pessoas morreram com a queda de uma aeronave de matrícula suíça em Tires.
Quem são as quatro vítimas da queda do helicóptero do INEM
Os ocupantes da aeronave acidentada que vieram a falecer no acidente eram o médico Luís Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo.
A enfermeira Daniela Silva ligou aos pais e à irmã antes de entrar no helicóptero do INEM. Naquela noite, iria realizar-se o jantar de Natal da corporação de bombeiros de Baltar — de onde Daniela Silva, também bombeira, tinha feito parte. Daniela tinha cerca de 30 anos e morava na freguesia de Baltar, no concelho de Paredes. Fazia parte dos quadros do INEM.
Daniela Silva, que também era formadora na Escola Nacional de Bombeiros, começou por fazer parte da ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIVA) em Moura, na região do Alentejo, tendo depois trabalhado durante cerca de 11 anos no Hospital de Amarante também no SIV. Foi há cerca de cinco anos que a enfermeira começou a trabalhar no INEM do Porto, onde fazia meio aéreo e SIV.
Daniela encontrava-se com o médico Luís Vega de prevenção na base de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança. Tinha 50 anos e nacionalidade espanhola. Vive com a mulher, também espanhola, há cerca de 20 anos em Portugal. Trabalha no Hospital de Santa Maria da Feira também há cerca de 20 anos nas urgências e tinha experiência sobretudo na equipa de emergência do INEM.
O helicóptero era pilotado pelo comandante João Lima e co-pilotado por Luís Rosindo. O co-piloto era natural de Setúbal e já tinha servido a Força Aérea Portuguesa, era apaixonado por animais e foi também guarda-vida na praia de Sesimbra.
João Lima, o piloto, era natural de Viseu e vivia em Santa Comba Dão, tinha 55 anos e era pai de três filhos. Segundo amigos, era considerado “um piloto muito experimente”, com milhares de horas de voo em missões no Instituto Nacional de Emergência Médica.
O porta voz da Ordem dos Médicos, num comunicado enviado este domingo enalteceu “o espírito de missão destes profissionais, que faleceram ao serviço da Humanidade, ajudando a salvar muitas vidas”. Miguel Guimarães afirmou que “são um exemplo para todos nós de coragem, resiliência e dedicação a uma causa maior, salvar vidas. Uma missão heróica que honra todos os portugueses”.
Fonte: noticiasaominuto e observador
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