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Com a meta de diminuir o isolamento das comunidades mais distantes da capital acreana e de proporcionar apoio operacional às ações na área de segurança pública e de meio ambiente, além de atuar na promoção de cidadania, o helicóptero Harpia 01, conhecido como Comandante João Donato, completa dois anos de operação. São mil horas de voo e resultados positivos que comprovam a eficácia e eficiência do Centro de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer/AC).
A aeronave tipo AS350 é equipada com modernos sistemas de navegação, rádio multifrequência, mapas eletrônicos e computador de bordo, o que garante a execução de vários tipos de serviços. Já foram realizadas mais de 50 operações conjuntas e mais de 40 ações de salvamentos em diversas comunidades isoladas ou de difícil acesso.
Com uma equipe de 21 homens, todos treinados pela Força Aérea Nacional, a tripulação conta com dois comandantes, quatro pilotos formados e três em formação, e também dois mecânicos estão sendo treinados para compor a equipe. “Se me perguntarem quem da tripulação é o mais importante? Vou responder que não tem, porque todos são essenciais para as operações, é realmente um trabalho de equipe”, destacou o comandante Carlos Augusto da Silva Negreiros.
Do alto do helicóptero, é possível avistar cada rua e suas residências com precisão. E com uma velocidade que pode atingir até 246 km/h, pode-se chegar de uma ponta à outra de Rio Branco em questão de minutos. Além disso, a velocidade do equipamento permite que os deslocamentos dentro do Estado também sejam feitos em pouco tempo.
O Ciopaer possui um contato direto com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), para acionar o patrulhamento ou ajudar em ocorrências. E também mantém comunicação com a Secretaria de Saúde e demais órgãos de governo. “O helicóptero é uma ferramenta incrível, capaz de proporcionar a cobertura de áreas de difícil acesso de forma espetacular”, completa o piloto Cleyton de Oliveira Almeida.
Uso do helicóptero garante o salvamento de vidas no Acre
No dia 14 de setembro de 2009, um capotamento de carro na BR-364 havia deixado três pessoas feridas, entre elas uma em estado grave. Nesse período, os tripulantes do Ciopaer estavam em treinamento e fazia parte do processo a realização de uma ação simulada de resgate de vítimas de acidentes. A aula prática já tinha data e local para acontecer, mas a fatalidade fez com que a operação fosse realizada com pacientes reais.
Esse foi o cenário do primeiro salvamento realizado com o apoio do Helicóptero João Donato. Duas pessoas foram imediatamente deslocadas das proximidades de Manoel Urbano para Rio Branco. Três horas após o acidente, as vítimas mais graves – os biólogos Filogônio Ribeiro e Giuliana Santi – já estavam sendo atendidas na UTI do Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco.
“Agradeço a Deus por ter colocado em meu caminho o major Josiley Gonçalves e o capitão Vieira Lins, o major Albuquerque e o capitão Negreiros, o secretário de Saúde Oswaldo Leal, a enfermeira Eneida e demais plantonistas do Pronto Socorro”, disse Santi.
Meses depois parte da tripulação foi recebida pela vítima e por seus familiares. O reencontro da bióloga com a equipe foi marcado por fortes emoções. “Todos os dias da minha vida rezarei por vocês. Não consigo deixar de me emocionar todas as vezes que ouço o barulho do motor do helicóptero”, disse ela aos pilotos.
Assim como a bióloga, dezenas de outras famílias podem comemorar o fato de terem suas vidas salvas pela rapidez no atendimento médico proporcionado pelo transporte de helicóptero.
Outro salvamento que marcou a tripulação foi realizado em maio de 2010. O chamado partiu de Santa Rosa, quando a gestante Marlenira da Silva Nascimento teve complicações durante o parto. O salvamento foi crucial para o nascimento de Mayara, já que, segundo a equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, a parturiente não teria resistido à viagem de quatro dias de barco até Sena Madureira.
“Vibro a cada dia por poder trabalhar salvando vidas. É gratificante saber que contribuímos com as pessoas e o que nosso trabalho vale a pena. Tenho orgulho de fazer parte desta equipe”, disse o major Cleyton.
As histórias de salvamento são muitas, mas todas carregam a mesma emblemática: o tempo gasto de deslocamento foi essencial e fez a diferença entre a vida e morte de pessoas. “A vida não tem preço. Ações como essas demonstram a necessidade do equipamento de segurança do Estado”, enfatiza o comandante Sérgio da Silva Alburquerque.
O caso mais recente de salvamento é de um morador do Seringal Sossego, Raimundo Moura da Silva. A colocação fica na divisa do Acre com o Amazonas. O percurso, que é de 90 quilômetros, seria feito de carro pelo ramal Espinhara, e o restante, 20 quilômetros, teria que ser feito a pé pela mata. “Esse foi primeiro resgate aeromédico realizado completamente pela tripulação acreana, que demonstra a independência operacional do Centro. A operação foi um sucesso – além de salvar uma vida, fica a sensação de dever cumprido”, comemora o major Alburquerque, após seu primeiro voo como comandante de aeronaves.
Ainda relacionado ao apoio às ações de saúde, o helicóptero Comandante João Donato foi essencial para a realização do Saúde Itinerante em comunidades isoladas. O transporte da equipe médica e de equipamentos foi feito pela aeronave. Os pacientes com quadros clínicos mais graves também foram levados até hospitais pelo helicóptero.
Helicóptero João Donato faz a diferença nas operações de patrulhamento
O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) tem contato direto com o Ciopaer, o que tem garantido o uso do helicóptero para o patrulhamento ou ajuda em ocorrências. Já foram realizadas, por exemplo, operações de patrulhamento preventivo na região da Baixada e do Taquari, com o objetivo de reduzir os índices de criminalidade. As ações fazem parte do planejamento estratégico do governo do Estado, através da Polícia Militar. O fator surpresa é o reforço do patrulhamento aéreo com a participação do helicóptero Comandante João Donato, do Centro Integrado de Operações Policiais Aéreas.
“Essa ferramenta é imponente. Permite visão privilegiada e deixa as pessoas que estão cometendo atos delituosos vulneráveis”, enfatizou o major Negreiros. Ele lembra a operação em que foi acionado pelo Ciosp e a tripulação do Ciopaer atuou em conjunto com as forças de segurança por terra, que foi determinante para a prisão de criminosos. “Quatro criminosos renderam e assaltaram um taxista. Fomos acionados e em conjunto com o Bope conseguimos encontrar os marginais, que estavam armados”, disse o major.
O coordenador do Ciopaer, Alberto da Paixão Nascimento, destaca que o uso do helicóptero em operações de segurança tem garantido maior eficiência nas ações. “O campo de visão que essa ferramenta proporciona é incrível. Do alto podemos ver com exatidão pelo menos um quilômetro. Somado a isso podemos pousar em qualquer espaço, o que torna a fiscalização, patrulhamento e perseguição a criminosos mais eficientes”, disse. Em conjunto com as forças de segurança já foram realizadas operações de perseguição a assaltantes, traficantes e sequestradores.
Tripulação caminha para autonomia de operação e tem trabalho reconhecido nacionalmente
Depois de dois anos de treinamentos e da parceria com a Força Nacional de Segurança Pública, o Centro Integrado de Operações Aéreas está passando pelo processo de transição para adquirir o status de autonomia de operação. Na última semana de julho esteve no Acre um piloto examinador da Seção de Aviação Policial (SAP) para a realização de checagem dos procedimentos técnicos dos pilotos da segurança pública do Estado.
Na ocasião, o comandante Farias Junior, examinador credenciado pelo Departamento da Força Nacional de Segurança Pública (DFNSP), destacou a progressão técnica e gradual do Ciopaer rumo a sua independência de atuação. “Nossa tripulação recebe treinamentos constantemente para que possamos estar preparados para todos os tipos de missão. Nós gostamos do que fazemos. E principalmente desempenhamos nossas funções com amor”, disse o major Albuquerque.
Os oficiais foram submetidos a dois tipos de exames. O major Albuquerque e o tenente Samir, que já são pilotos comerciais, realizaram o check de voo na aeronave tipo AS50 (helicóptero João Donato), e o major Cleyton foi submetido ao check de Piloto Comercial.
A tripulação é composta por militares, civis e homens do Corpo de Bombeiros. Uma equipe multifuncional é capaz de atuar nas mais diversas operações. E recentemente teve o trabalho reconhecido nacionalmente. Parte da tripulação do Ciopaer do Acre integrou a equipe de 350 policiais e homens das três Forças Armadas da operação Gênesis, que teve como objetivo o combate ao tráfico de armas e de drogas nos 983 quilômetros de fronteira do Mato Grosso com a Bolívia.
“Esta foi a maior operação contra os cartéis de drogas já realizada na fronteira. E a participação da equipe do Acre mostra o reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública”, destacou o major e piloto Negreiros.
Mato Grosso foi o primeiro Estado do país a receber esse tipo de operação integrada e abriu precedente para que operações como essa sejam levadas para os outros dez Estados fronteiriços do Brasil, e o Acre será um dos próximos a realizar esse tipo de intervenção.
Quem foi o Comandante João Donato?
A história da aviação no Acre começou em maio de 1936, quando o primeiro hidroavião aquatissou nas águas no rio Acre, no estião do Bagé, hoje onde se localiza o bairro Taquari. De acordo com o historiador Marcos Vinícius, neste período o Acre tinha como interventor o paulista Manoel Martiniano Prado, que proclamou que o Acre entraria para a modernidade nas asas dos aviões.
Na época, cada família acreana recebeu de presente pequenos lotes de terra de 20 metros para desmatar, destocar, aterrar e aplainar, para que fosse construído o primeiro campo de aviação, que veio a ser o Aeroporto Salgado Filho. A primeira pessoa do Acre a ser habilitada para pilotar aviões foi o ex-proprietário do Seringal Amapá, e coronel aposentado da aeronáutica, coronel João Donato. O fato de ser pioneiro na história da aviação acreana fez com que o helicóptero recebesse seu nome como forma de homenagem.
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