A ajuda do VANT no resgate de tropas feridas
11 de agosto de 2012 3min de leitura
É uma das missões mais perigosas no campo de batalha moderno – e uma das mais importantes. Helicópteros com grandes tripulações, vulneráveis a mau tempo e terreno acidentado para resgatar soldados feridos de um tiroteio ou a cena da explosão de uma bomba.
Equipes de evacuação aeromédica são uma das mais corajosas entre todas as outras. Mas, para evitar um outro desastre como o do “Black Hawk Down”- em que as equipes de resgate também ficam presas ao lado do ferido – nas zonas mais quentes de combate do Pentágono, por vezes, os helicópteros de evacuação aeromédica ficam expostos a certas condições. Para resolver isso, o Exército encontrou uma possível solução: substituir as tripulações humanas por um VANT, veículos aéreos não tripulados.
Esse é o impulso da recente solicitação do Exército Americano de pedir que a indústria chegue a um projeto básico de VANT autônomo para evacuações aeromédicas. As empresas não são obrigadas a produzir um VANT. No lugar disso, o Exército quer documentos de planejamento e uma “lista curta de candidatos a VANT.”
A solicitação não especifica o equipamento médico que o helicóptero deve transportar, mas não é difícil de adivinhar. Por exemplo, mecanismos para proteger o paciente dentro da aeronave. Além disso, algum tipo de telemetria remota para manter o controle dos sinais vitais das vitimas que estão feridas.
A solicitação lista os melhores candidatos para estruturar o VANT, mencionando helicópteros não-tripulados, como o “Kaman K-MAX”, “ Northrop Grumman Fire Scout” e o “Boeing A-160 da Hummingbird”, e também helicópteros tripulados que podem ser modificados para o controle remoto, incluindo o “Boeing littel bird”, o “Sikorsky Blackhawk” e o “Lakota EADS”. Uma exceção na lista é o “AirMule”, um protótipo fabricado pela “Urban Aeronautics”, que contém seus rotores no interior da fuselagem.
Desses candidatos, o K-MAX é sem dúvida o que fica mais distante. O motivo é que a Marinha já estão usando “helicópteros robôs” com rotores duplos para missões de reabastecimento no sul do Afeganistão e estão muito contentes com a sua confiabilidade e a com a relativa simplicidade de seus controles, que combinam GPS de navegação com entradas remotas a partir de um operador humano em terra.
Enquanto isso, uma equipe da Marinha, liderada pela professora do MIT Missy Cummings, está trabalhando em novos iPad-controladores, para K-MAX e outros robôs-helicópteros, que permitiriam que qualquer soldado minimamente treinado pudesse controlar um VANT e fazer sua aterrissagem em segurança em zonas quentes. Cummings diz que o novo sistema de controle é especificamente concebido para permitir a evacuação aeromédica robótica. “Seu amigo levou um tiro no peito e seria uma loucura pousar um helicóptero”, é como ela descreve o cenário.
Se há um grande obstáculo potencial, é a confiança. Mesmo depois de mais de uma década de guerra robótica, muitos soldados não se sentem seguros colocando suas vidas nas mãos de robôs. “O problema é superar o medo natural de entrar em um veículo sem piloto”, disse Janina Frankel-Yoeli, da Urban Aeronautics. A solução de sua empresa é a tubulação no AirMule, via rádio, da voz de um médico humano – com o objetivo de acalmar o paciente que possivelmente estará em pânico.
Mesmo que o Exército não possa resolver imediatamente o problema do paciente em pânico, a evacuação médica por robôs é uma ferramenta que vale a pena dar continuidade. Em grande parte dos salvamentos, uma evacuação aeromédica realizada por tripulações humanas, um soldado ferido tem 95% de chance de sobreviver. Adicionando robôs a evacuação aeromédica com tripulações humanas, essa porcentagem pode aumentar ainda mais.
Fonte: Wired.
Nota do site: Muito embora seja ainda um tema distante da Aviação de Segurança Pública, especificamente no resgate aeromédico, sabemos que essas tecnologias, com o tempo, serão absorvidas pelo mercado, como, por exemplo, o acompanhamento remoto do paciente embarcado na aeronave.
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