Governo do Mato Grosso do Sul atualiza revisões e coloca aeronaves em operação a partir de junho
27 de março de 2017 6min de leitura
27 de março de 2017 6min de leitura
Campo Grande (MS) – O setor de transporte aéreo do Governo do Estado, que atende deslocamentos do governador e outras autoridades institucionais, além do Grupo de Patrulhamento Aéreo da Polícia Militar, estará funcionando plenamente a partir de junho.
De acordo com o tenente coronel Adalberto Ortale Júnior, o setor está sendo reformulado para se ajustar à reforma administrativa, ao mesmo tempo que as aeronaves do Estado passam por revisões mecânicas para que atendam às normas técnicas e exigências legais e possam entrar em operação.
No governo passado não houve nenhum cuidado para a manutenção dos aviões de propriedade do governo e nem das aeronaves colocadas à disposição do Estado. De acordo com Ortale, são dois helicópteros e seis aviões de pequeno porte, além de um avião turboélice (King Air) cedido pela União, próprio para o transporte executivo.
Segundo a Casa Militar, o governo está concentrando esforços para colocar as aeronaves em condições de voo, dada à importância para as ações operacionais da Segurança Pública e economia nos gastos com o transporte de autoridades. “Herdamos todas as aeronaves paradas, mas as providências estão sendo tomadas para que voem normalmente, o que deve ocorrer até o meio do ano”.
O Estado possui um avião Bandeirante, um Baron, um Sêneca e um Cessna para atividades civis, além do King Air à disposição do governador. Para as operações policiais militares e Corpo de Bombeiros, são dois helicópteros e duas aeronaves Baron. O governo estuda leiloar duas dessas aeronaves para a compra de uma aeronave que atenda melhor as demandas do Estado.
Segundo o coronel Ortale, o monomotor Cessna 206 está em processo de licitação para manutenção e é de grande utilidade para as ações de proteção ao meio ambiente, sendo utilizado tanto para fiscalização quanto ao transporte em locais de difícil acesso. “Nossa previsão é de que já em abril um dos helicópteros esteja em condições de voar e ser usado em resgates e ocorrências de busca e salvamento.
O Ten Cel Ortale, da Casa Militar, lembra que o setor de aviação do Governo do Estado surgiu em 1999 para atender a Policia Militar Ambiental e durante 10 anos atendendo a todas as finalidades, incluindo o transporte executivo. “Nós realizávamos cerca de mil horas de voo por ano, sem registro de nenhum incidente ou acidente. Ocorre que de 2009 para cá nosso trabalho foi desmobilizado e o setor de aviação ficou praticamente estagnado”, lembra o coronel Ortale.
Segundo ele, o governo põe fim ao descaso com que o setor foi tratado no governo passado e “nós retomamos a responsabilidade de atender às necessidades do Estado, principalmente a segurança pública, com rapidez e economicidade”.
“Além de pilotos, somos administradores, gerimos a aviação do Estado. Cumprimos escala de voo, preparamos projetos de manutenção, de instrução, bem como realizamos os demais serviços da unidade e cuidados da segurança do governador. A reativação desse setor tem importância estratégica”, afirma Ortale.
A reforma administrativa vai reformular a estrutura organizacional na área de aviação, com desmembramento para atender unidades específicas, como o Corpo de Bombeiros, criou o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) para o socorro aeromédico. “As aeronaves já foram destinadas, são dois Barons próprios que vieram doados por meio de convênio com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, disse o coronel Ortale. .
A Polícia Militar estará operacionalizando os helicópteros, que são vistos sobrevoando a Capital no patrulhamento aéreo de combate e prevenção ao crime. “Serão realizadas missões dentro de Campo Grande e em todo Estado, prestando apoio aos demais órgãos como bombeiros e polícia civil. A PM atua com o helicóptero porque para o policiamento ostensivo é o que traz mais resultados: tem condições de voo em baixa altitude, agilidade para pousar em qualquer local, auxilio rápido a policiais em confronto com criminosos. São de grande mobilidade para operações policiais”, disse.
Já o transporte executivo é de responsabilidade da Casa Militar, que cuida da segurança institucional. “Assim como o Presidente da República tem o transporte aéreo próprio, dentro do grupo de deslocamento especial de autoridade, comandado pela Força Aérea Brasileira (FAB), os estados têm a aviação governamental sob a responsabilidade da Casa Militar”.
Para atender as exigências operacionais e capacidade técnica do Grupamento Aéreo existe todo um preparo, segundo o coronel Ortale. Segundo ele, todos os oficiais destacados desde o ínício, em 1999, são altamente capacitados para todos os tipos de operação.
“Assim que ingressa na PMMS, o oficial é submetido a um concurso interno para seleção dos mais aptos, que vão se aperfeiçoando na atuação junto com os pilotos mais experientes. Após 500 horas de voo, os militares passam por um conselho que avalia a capacidade de assumir o comando de uma aeronave. Para chegar no patamar de uma agenda do governador, por exemplo, o piloto precisa ter no mínimo 2,5 mil horas de voo”, explica.
A redução de custos, aliada à segurança do governador, é um dos principais pontos da reativação da unidade aérea. “Nossos aviões tiveram custo zero e assim que passarem pela manutenção estarão aptos a voar. Hoje, quando o Estado não pode contar com essas aeronaves, se vale da locação, que além de ser mais onerosa, envolve outras questões como a redução da segurança, uma vez que os pilotos são civis e não possuem treinamento militar. Também não temos como exigir que seja sempre a mesma tripulação. Esses são pontos cruciais, uma vez que o avião é um escritório do governador. Enquanto se desloca ele trata de assuntos estratégicos para o Estado. Por isso é muito importante que tenha a própria aeronave e uma tripulação com formação militar. Não é luxo, nem tampouco capricho, mas necessidade”, destaca o comandante Ortale.
Sobre os custos de locação e manutenção, o tenente coronel cita o King Air como exemplo. “Hoje a licitação mais vantajosa conseguiu o valor de R$ 1,7 milhão por 200h de voo, o que custa em torno de R$ 8,5 mil a hora. Já com a aeronave própria teremos o custo de manutenção variando entre R$ 70 mil a R$ 80 mil por ano e valor de cerca de R$ 1,7 mil a hora de voo. Então, nossa intenção é otimizar recursos, reduzir despesas e reforçar a segurança do governador”, finalizou.
Diana Gaúna e Edmir Conceição – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
Fotos: Edemir Rodrigues – Subcom
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