Lages/SC proíbe voo livre no Morro da Cruz por risco a tráfego aéreo
26 de março de 2017 2min de leitura
26 de março de 2017 2min de leitura
Santa Catarina – Os voos de parapente estão proibidos no Morro da Cruz, em Lages. A justificativa da Defesa Civil do município é que os saltos colocam em risco o tráfego aéreo do Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo. A medida tem causado polêmica no município.
O secretário executivo de Proteção e Defesa Civil de Lages, Jean Felipe Silva de Souza, afirma que receberam reclamações do gerente do aeroporto, de um comandante de companhia aérea e do helicóptero Águia utilizado pela Polícia Militar, de que os voos de parapente estavam atrapalhando os pousos e decolagens na região. A instalação de uma placa determinando a proibição dos voos livres aconteceu em fevereiro deste ano na principal rampa da cidade, no Morro da Cruz.
— Fomos lá e interditamos, até porque não tem rampa homologada para a prática de parapente, e oferecia risco, então coube a Defesa Civil interditar — afirma Souza.
A proibição da prática de voo livre foi baseada em parecer técnico número 67613038961 emitido pelo Comando da Aeronáutica (Comaer).
Marcos Arruda, integrante do Clube Serrano de Voo Livre e que voa há 14 anos no município, afirma que a prática acontece há cerca de 26 anos no Morro da Cruz. Ele diz que há 15 dias enviaram um pedido de homologação da rampa e delimitação de área de voo para o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta II).
— O aeroporto fica de leste a oeste e essa rampa fica a cinco quilômetros de distância e na outra direção. O pessoal não diferencia muito o paramotor do parapente. Começaram a comprar o paramotor e a voar em cima do aeroporto e acabou causando transtorno para nós — afirma Arruda, que acrescenta que são cerca de 30 pilotos cadastrados no clube.
Ele lembra que tem dois atletas do clube que estão liderando três categorias do esporte no estadual e não têm área de treino:
— Eles têm que sair da cidade para voar e isso impacta bastante. Além disso, é uma possibilidade de trazer turismo para a região e fazer eventos — defende.
A reportagem entrou em contato com o Cindacta II para saber como estava o processo de homologação, porém não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Fonte: Diário Catarinense
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