Burocracia e falta de verba deixam frota de aviões do Governo no chão
01 de março de 2017 3min de leitura
01 de março de 2017 3min de leitura
Mato Grosso do Sul – Nenhuma das seis aeronaves que o governo de Mato Grosso do Sul têm está em condições de voar no momento. Enquanto a metade está parada no hangar, que fica no Aeroporto Internacional de Campo Grande, precisando de conserto, a outra não apresenta problema, mas depende de manutenção preventiva, obrigatória todo ano.
A expectativa para que os quatro aviões e os dois helicópteros estejam em condições de voar é um ano, prevê o comandante da Coordenadoria Geral do Policiamento Aéreo, coronel Rosalino Gimenez. Em 2017 ainda não foi feita nenhuma viagem e ano passado o governo voou 154 horas, o que é considerado pouco.
“Nós temos três aeronaves que estão operacionais, em condição de voo, mas precisam das manutenções preventivas. E outras três que precisam de manutenção mais abrangente, que estão com processo de manutenção, mas vai levar um pouco mais de tempo”, explicou.
Conforme o chefe da coordenadoria, as três que estão em condição de voar precisam da manutenção preventiva exigida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que é a anual, e o processo para fazer isso está em licitação. “Estão em condição, mas no momento elas estão na manutenção de rotina, que é normal, mas obrigatoriamente, deu um ano, mesmo que tenha condição tem que parar para verificar se existe a necessidade de fazer a troca de algum componente”.
Neste caso, a estimativa é que em dois meses as três aeronaves, incluindo um helicóptero que será destinado para policiamento aéreo da PM (Polícia Militar), possam voar. A aeronave da polícia já deve começar a operar em março, com rondas diárias.
Além da frota que já está sob os cuidados do Executivo Estadual, o Ministério da Justiça doou um avião bimotor King Air, modelo Beechcraft A 100, estimada em R$ 2 milhões. A aeronave, cuja manutenção anual deve girar em torno de R$ 70 mil, ainda está em Brasília, segundo o comandante.
“Esta aeronave vai prestar serviço dentro do Estado. Ela tem condição de atender esta demanda e vai ser usada para viagens, principalmente as idas para Brasília”, disse. O governo ainda precisa fazer a manutenção dela antes de ser trazida para Campo Grande.
Embora o custo de aquisição e manutenção de aeronaves seja alto, mantê-las no Estado é mais econômico do que se fossem alugadas, afirma o coronel. “Se fôssemos alugar, com as horas que já voamos, iria gastar mais de R$ 24 milhões. Com elas, tem uma redução da metade”.
Quando funciona – Os quatro aviões e dois helicópteros são utilizados para operações policiais, transporte de tropa para o interior, além de viagens oficiais do governador e do secretariado. “A partir do momento que existe a demanda, eles comunicam a gente, que verifica a possibilidade e tendo aeronave damos o ok, eles marcam a viagem e nós fazemos o transporte”.
Em caso de operações emergenciais, como quando houve um assalto em um banco de Sonora, o trâmite é reduzido e, em questão de, no máximo, três horas, a aeronave decola.
Quando a frota aérea estiver apta a voar, um dos aviões será destinado ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) para fazer o policiamento aéreo ambiental. O helicóptero ficará para as rondas diárias da Polícia Militar e o restante reservada para viagens oficiais e outras demandas.
Desde o começo deste ano o governo vem lançando licitações para compra de combustível, entre outros itens para a frota de aviões. A mais recente publicação foi em 24 de fevereiro, quando o governo contratou a JPA João Pessoa Manutenção de Aeronaves, cujo contrato custará R$ 899 mil e valerá por um ano.
Fonte: Campo Grande News, por Mayara Bueno.
Foto: Marcos Ermínio.
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