Minas Gerais – O Samu da região Sul de Minas, considerado o maior do país por atender a uma população estimada em 2,6 milhões de habitantes, de 153 municípios, celebrou dois anos de funcionamento em 31 de janeiro, com uma significativa marca: neste período, ultrapassou 100 mil atendimentos.

O Governo de Minas investiu R$ 7,8 milhões na compra de equipamentos e material de consumo. Além disso, repassou mensalmente, de 2015 a 2016, cerca de R$ 2,6 milhões para manter a rede em funcionamento, destinando mais de R$ 61 milhões em custeio para o Samu do Sul de Minas Gerais.

SAMU Sul de Minas

A rede do Samu Regional é composta por uma sede, localizada em Varginha – Central Operativa, e outras 34 bases descentralizadas na região, que realizam atendimentos de urgência e emergência com 44 ambulâncias do serviço – 35 de suporte básico e 9 de suporte avançado, com estrutura de UTI e também um helicóptero.

Experiência

A existência da central em Varginha foi crucial para o assistente administrativo Claudinei Possi, 40 anos, que sofreu um grave acidente de moto em 2015. “Fui arremessado da moto por um veículo que não respeitou a parada obrigatória. Tive três costelas quebradas e o pulmão direito perfurado”, conta.

Ele foi atendido pelo Samu, que deu os primeiros socorros e o encaminhou ao Hospital Bom Pastor. “Fiquei seis dias no CTI. Devo minha sobrevivência primeiro a Deus, e em segundo lugar à equipe do Samu, que, com sua agilidade e profissionalismo, salvou a minha vida”, ressalta.

Hoje, atuam no serviço cerca de 560 colaboradores e 29 hospitais credenciados na rede de urgência e emergência. Durante esses dois anos foram realizados 107.243 atendimentos pelas Unidades de Suporte básico (USB) e pelas Unidades de Suporte Avançado (USA) e 127 atendimentos pelo helicóptero Arcanjo 3.

Desses atendimentos, os clínicos, com 66%, e os de traumas, com 26%, foram os mais recorrentes. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também promoveu treinamento e capacitações, oferecendo cerca de 750 vagas.

Atendimento aeromédico

Em funcionamento desde maio de 2016, o Serviço Aeromédico Avançado de Vida, coordenado pela 2ª Companhia de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar em Varginha, trouxe mais qualidade e agilidade para o atendimento médico na região.

O serviço, que é uma parceria entre o Corpo de Bombeiros e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Minas, conta com uma aeronave modelo Esquilo AS 350 B2, que tem capacidade para transportar, em cada atendimento, seis profissionais. Entre eles, por parte do Samu, um médico e um enfermeiro, e, pelo Corpo de Bombeiros, um piloto, um co-piloto e dois tripulantes.

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Helicóptero biturbina EC145 do Corpo de Bombeiros de Minas

Habilitação do Samu Macro Sul

Após várias articulações do Governo de Minas, em dezembro de 2016, o Samu Regional foi habilitado pelo Ministério da Saúde e, desta forma, a partir deste ano, a secretaria fica responsável pelo repasse de R$ 1.249.069,25 mensais.

“Nos últimos dois anos, o Samu Sul foi custeado pelo Estado. O governador Fernando Pimentel pleiteou, junto ao governo federal, os recursos para finalização e custeio dos outros Samus para expandirmos os serviços para as demais regiões de Minas”, destaca o secretário estadual de Saúde (SES-MG), Sávio Souza Cruz

A subsecretária de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Maria Aparecida Turci, ressalta a importância da saúde regionalizada. “O principal papel do Estado no SUS é a articulação da rede de saúde regionalizada. O Samu é o exemplo de um serviço de saúde que tem ação regional. Por isso, esse é um dos nossos projetos prioritários”, completa.

De acordo com o presidente do Samu Regional e prefeito de Andradas, Rodrigo Aparecido Lopes, é importante unificar ainda mais o atendimento em todos os municípios consorciados.

“Hoje o contingente populacional das cidades atendidas é de 2 milhões e 600 mil cidadãos, que devem ser atendidos de maneira igualitária e eficiente”, ressalta.

Fonte: Hoje em Dia