Piaui – O Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança, montou uma grande força tarefa para combater queimadas na região metropolitana de Teresina. Ao todo, mais de cem pessoas (entre policiais militares, civis, e rodoviários federais, integrantes das secretarias de defesa civil e meio ambiente, além de voluntários) se uniram ao Corpo de Bombeiros para controlar os incêndios.

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Dados da corporação apontam que no mês de outubro, só em Teresina, já foram atendidas 122 ocorrências, sendo 99 fogo no mato (zona rural) e 23 fogo em terreno baldio (zona urbana). Na última sexta-feira, o secretário de segurança, Fábio Abreu, solicitou ao governo federal o envio de aeronaves para ajudar a controlar o fogo. Três aeronaves atuam desde sábado passado no rastreamento e combate aos focos de incêndios da zona rural de Teresina.

“Nós estamos com duas aeronaves da Polícia Militar e um avião que foi locado. Os helicópteros são usados para localizar os focos e o avião sobrevoa a área jogando água. Um dos helicópteros tem um equipamento chamado bambi bucket, que tem capacidade de armazenar 540 litros de água. Esse helicóptero também está sendo usado para apagar fogo e resfriar áreas de queimada. Até agora o helicóptero já fez 108 lançamentos. O avião locado tem capacidade para despejar três mil litros de água e já tem 10 horas de voo”, explicou o comandante de operações aéreas da PM-PI, coronel Claynton Gomes, informando que a aeronave está sendo abastecida por caminhões pipas, do Exército e do Corpo de Bombeiros. Já os helicópteros são abastecidos no lago de um condomínios, localizado na BR343.

Reunião da Operação Integrada de Combate às Queimadas (Crédito: Efrém Ribeiro)

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Frederico, afirma que as aeronaves são fundamentais para contratar os focos de incêndio da zona rural. “Existe dificuldade de acesso em alguns pontos. Para controlar o fogo nesses locais, estamos enviando o helicóptero e o avião para combater diretamente os focos. Além das aeronaves, estamos utilizando também um drone, para monitorar essas regiões. Esse trabalho tem sido fundamental para controlar o fogo e evitar que ele se espalhe”, diz o comandante.

O secretário Fábio Abreu designou ainda, de forma emergencial, a delegada Bruna Fontenele para receber e investigar se os incêndios são ou não. “De acordo com o Corpo de Bombeiros 90%, das queimadas são provocadas pela ação humana. Precisamos investigar como esses incêndios estão sendo provocados e se são ou não criminosos. Nossa recomendação é que a população, tanto da zona urbana, quanto da zona rural, não façam nenhum tipo de queimada, não soltem fogos de artifício ou joguem cigarro em locais inapropriados. Se alguém presenciar alguma situação desse tipo, pode fazer denuncia ligando para o 190 e a polícia vai averiguar. Caso o crime seja confirmado, o culpado pode pegar de dois a quatro anos de prisão”, frisou o Fábio Abreu.

Reunião da Operação Integrada de Combate às Queimadas (Crédito: Efrém Ribeiro)

Alerta

Para evitar incêndios, a recomendação do coronel Carlos Frederico, comandante geral do Corpo de Bombeiros, é que a população evite atear fogo em qualquer local. “Evite fazer limpeza de terrenos e roças ateando fogo nos entulhos e vegetação. Você pode perder o controle e o fogo acabar se alastrando e tomando proporções maiores. Evite também soltar fogos de artifícios, fagulhas podem provocar queimadas. Ao trafegar pelas estradas e rodovias, não lance pontas de cigarro pela janela do veículo, pois com a baixa umidade desse período, a vegetação seca se incendeia com muita facilidade. Também não jogue lixo na estrada. As latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e acabar dando origem às queimadas”, alerta.

O coronel pede também que a população sempre abra passagem para os carros do corpo de bombeiros com os sinais visuais e sonoros de emergência ligados. “Cada minuto é importante. Esse minuto que é perdido no trânsito faz toda diferença na hora de combater o fogo”, ressalta

Se detectar incêndio ligue 193.

Fonte: Ascom SSP.

Foto: Francisco Leal.

Foto: Efrém Ribeiro, Jornal Meio Norte.