Pará – Na tarde de sábado (23), uma operação de transporte aeromédico foi realizado pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sespa).

Uma equipe de dois pilotos, um médico e uma enfermeira foi de avião Caravan C – 208, denominado Guardião 07 do GRAESP,  buscar um paciente em Breves, interior do Estado, que sofreu um acidente automobilístico e estava com traumatismo crânio-encefálico (TCE) e precisava ser transferido para um hospital na capital paraense.

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“O paciente está estável. Estamos sempre dando esse apoio devido à dificuldade de acesso de Breves até aqui, de barco são várias horas, e o único meio de chegar mais próximo é via aérea”, diz a enfermeira Andrea.

Segundo ela, ao chegar no local do atendimento, faz-se a estabilização do paciente, se necessário, depois todo o procedimento do suporte avançado de vida, para trazer o paciente até Belém. Na capital, uma ambulância do SAMU ou do resgate dos Bombeiros já fica esperando a chegada da vítima.

Major Cristiano, da PMPA, é copiloto na operação e explica que essa parceria com a Sespa atende o Marajó, Capanema, Paragominas e algumas áreas próximas da capital, além do mesmo serviço sendo feito em Santarém, Marabá e Redenção.

“Houve uma ocorrência em Breve, e nós iremos fazer o transporte aeromédico do paciente. Nós só trazemos o paciente quando já tem leito aqui em Belém”, diz. Antes, esse atendimento era feito mais frequentemente com o helicóptero do grupamento aéreo, mas desde que o avião ficou disponível para voos, está sendo usado também com frequência. “Para esse tipo de serviço, temos uma média de quatro atendimentos por semana, no mínimo, com o avião. A questão de logística do avião é muito melhor, tanto para a tripulação, quanto para o próprio paciente”, explica. Segundo ele, o avião é mais rápido, mais cômodo e mais eficiente para o tipo de serviço.

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O coordenador de manutenção das aeronaves do Graesp, major Jomires (PMPA), explica que esse serviço é importante porque agiliza o atendimento e salva ainda mais vidas. “De barco, a viagem daria de 8 a 12 horas. Então para as vítimas, pacientes e doentes que necessitam de uma transferência para um hospital de Belém é muito bom”, diz. Esse serviço aeromédico em parceria da Sespa com o Graesp existe há cinco anos. Antes, o serviço aéreo era feito por empresas privadas. “O serviço aéreo tem várias frentes. Ele faz segurança pública, defesa civil, resgate de acidentados, aeromédico. Para esse tipo de serviço [aeromédico] a importância de investimento é muito grande. É uma pessoa, uma vida, alguém que o Estado tem a obrigação de ajudar. Então através do instrumento, que é o avião, ou os helicópteros, é que se pode agilizar o transporte dessas pessoas até Belém”, explica.

O Grupamento Aéreo, em Belém, trabalha com dois helicópteros e três aviões. O avião enviado para o resgate do acidentado em Breves decolou às 15h45 e tinha previsão de volta às 18 horas.

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Leia Já, por Mirelly Pires.