Treinamento de emergência em helicóptero, recomendações de segurança na manutenção, formação operacional e ocorrências aeronáuticas estiveram entre os temas abordados pela equipe do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), no treinamento de pilotos do Batalhão de Aviação da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, nesta semana (05/10), em Porto Alegre.

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A equipe formada por investigadores e especialistas além do próprio chefe do Serviço Regional destacou a necessidade de elevar a prevenção no dia a dia da atividade aérea para uma atuação eficaz. A mensagem voltada para a segurança operacional ganhou relevância diante do avanço tecnológico representado pelos novos helicópteros AW 119 – Koala, recentemente incorporados à frota da Brigada Militar.

O Tenente Coronel Aviador Luís Renato Horta de Castro, chefe do SERIPA V, disse que no momento da transição para a nova tecnologia é fundamental o acompanhamento do órgão de prevenção para evitar a queda na disponibilidade operacional e eventuais acidentes. “Contribuímos com recomendações de Segurança de Voo, além de manter os bons laços de amizade entre as duas instituições”, declarou.

A perda de controle em voo (34,60%), a falha de motor (14,22%), o julgamento de pilotagem (11,38%) e a supervisão gerencial (9,67%) são os principais fatores contribuintes na elevação das estatísticas de acidentes. Os dados são do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

TreinamentoO investigador, Tenente-Coronel Aviador (R1) Max Adolfo Nardes, discorreu sobre Treinamento de Emergência e Padronização na Segurança de Voo de Helicópteros. “A complexidade na operação e o automatismo criado com a incorporação de novos sistemas, torna essencial o treinamento do homem para dar suporte às mudanças”, afirmou.

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Para o palestrante, o treinamento, seja em simulador ou na própria aeronave, é o único  método que permite aos pilotos o conhecimento das situações de risco e o aprimoramento de sua capacidade para gerenciar uma situação crítica, antes do acidente. “Uma tripulação sem treinamento precisa de mais tempo para reagir e tomar uma decisão na emergência,” destacou.

Manutenção – O especialista em manutenção, Suboficial (R1) Milton Cardoso de Lima, falou de Recomendações de Segurança na Manutenção e Ocorrências Aeronáuticas, evidenciando a necessidade de manter a organização e os cuidados com as ferramentas, a documentação técnica e o treinamento da equipe de apoio. “É preciso continuar visualizando os problemas e o cumprimento de  prazos no controle das intervenções mantenedoras”, explicou.

O especialista ainda chamou a atenção para os novos requisitos exigidos pela manutenção, em virtude da entrada em operação de  um novo equipamento que apresenta uma evolução tecnológica que difere dos parâmetros utilizados em outros tipos de aeronaves. “Não esqueçam que a Segurança de Voo começa no solo”, acrescentou o Suboficial Milton.

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Vantagens tecnológicas – Capitão Aviador  Ingo Vieira Ludke, 1.200 horas de voo, destaca o avanço tecnológico da nova máquina. Ele ressalta que a inovação ocorre em três aspectos: o farol de busca, que permite a iluminação do alvo; o guincho elétrico que aumenta a capacidade em resgate; e o combate a incêndio florestal.

Segundo Capitão Ludke, o novo equipamento proporcionará mais segurança operacional, levando em conta que é uma das aeronaves mais modernas em atuação no Brasil. Além do Rio Grande do Sul, a aeronave Koala é utilizada pelas Policias Militares de Goias e Santa Catarina e pelo Corpo de Bombeiros de Goias.

A animação dos pilotos brigadianos para voar o novo modelo de helicóptero é visível. Eles estão ávidos por novos conhecimentos com uma visão focada na segurança operacional.

Para o Capitão Felipe Kothe de Oliveira, 2.500 horas de voo, a chegada dos novos helicópteros traz a solução para problemas que antes não havia como equacionar. “Ganhamos um aumento na capacidade operativa e podemos atuar em atividades noturnas, transporte aeromédico e outros”, ressaltou.

Batalhão de Aviação – A aquisição de dois helicópteros Koala trará melhorias ao cumprimento de missões de transporte de pessoal, equipamentos, busca e salvamento, resgate, radiopatrulhamento, combate a incêndio e ações de defesa civil. Cada aeronave tem capacidade de transporte de além de dois pilotos, mais seis policiais militares, e, ainda possui dois kits de macas para a remoção simultânea de até dois pacientes.

O Batalhão de Aviação do Exército foi criado em 1989 e está localizado na área do Aeroporto Internacional Salgado Filho, constituindo-se em uma ferramenta veloz e atuante no apoio aos órgãos de Segurança Pública em prol da sociedade gaúcha.

Fonte: CENIPA