Equipe do helicóptero Acauã realiza mais de 320 operações em 11 meses de atuação
18 de setembro de 2015 5min de leitura
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Paraíba – A história das forças policiais da Paraíba divide-se entre o antes e o depois da atuação do Grupo Tático Aéreo (GTA), com a utilização do helicóptero Acauã. Nos últimos 11 meses, centenas de ações policiais e de socorro a vítimas tiveram êxito com a participação do policiamento aéreo. O helicóptero Acauã, da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social, acumula até agora 326,3 horas de vôos e registra 320 operações. Em média, a aeronave voa duas horas por dia. Com base nos registros, são cerca de 60 horas de voo a cada mês.
No período de setembro de 2014 a agosto de 2015, foram realizadas 326 operações, incluindo apoios a ocorrências com acionamento pelo Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), em colaboração com as guarnições da Policia Militar e ou Corpo de Bombeiros e Sistema Prisional. Houve ainda patrulhamentos nas áreas da 1ª e 2ª Regiões Integradas de Segurança Pública (Reisp), intervenções e quatro operações da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds).
De acordo com o comandante do GTA, coronel PM João Erivaldo Pontes, as operações da Seds são ações planejadas através das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros. As intervenções são ações diretas, onde a tripulação do GTA atua diretamente nas ocorrências, como resgates de vítimas, transportes de vítimas de acidentes, prisões de acusados e escoltas de presos em comboio.
O patrulhamento aéreo solicitado pelos gestores das Reisp são ações de Policiamento Ostensivo Aéreo em áreas de risco de ocorrências de vulto, como evitar homicídios, patrulhamento nas vias principais e corredores onde existem agencias bancárias, áreas de presídios, áreas de risco e proteção ambiental e patrulhamento das áreas de risco no litoral.
GTA – O Grupo Tático Aéreo, equipe composta por 27 policiais militares e civis, sendo seis oficiais pilotos da Polícia Militar, além de motoristas e mecânicos, tem contribuído muito para o êxito das ações das forças policiais do Estado. Toda operação do Acauã é autorizada apenas pelo comando do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), que sempre tem nos plantões um oficial da PM, um oficial do Corpo de Bombeiros, além de coordenador do Samu, Semob e Guarda Municipal.
De acordo com o comandante do GTA, coronel PM Pontes, com 30 anos de Polícia Militar e 25 anos de aviação, os seis oficiais começaram a formação em 2003, no Estado de Minas Gerais. Em seguida, esses militares passaram a voar em grupamentos aéreos do Brasil, nos estados que têm escolas de aviação. Com a aquisição do helicóptero Acauã em 2014, pelo Governo da Paraíba, a equipe então passou a atuar no nosso Estado.
As atividades diárias do Grupo Tático Aéreo começam com o nascer do sol e terminam ao entardecer. Numa segunda etapa, com a formação de mais profissionais e aquisição de mais um helicóptero, as equipes do GTA também farão operações noturnas. “O nosso serviço é de apoio às equipes de solo e para voar à noite será utilizado o farol de busca, que iluminará os pontos onde estarão as guarnições em terra”, explica o coronel Pontes.
Helicóptero – O Acauã pode transportar até seis pessoas, incluindo um paciente em maca e um médico e um paramédico. Pode içar cargas, transportar água para apagar incêndio, além de outros equipamentos de salvamento em lugar de difícil acesso. As armas utilizadas são para curta e longa distância. Em cada escala de trabalho, atuam dois oficiais pilotos e três tripulantes. A autonomia de vôo é de 3,5 horas e a velocidade máxima pode chegar a 300 km/h. A aeronave pode voar até Fortaleza, por exemplo, sem precisar pousar para abastecer. Um vôo até Patos, distante 300 km da Capital, é feito em uma hora.
O número de ocorrências no dia-a-dia é variável e as operações acontecem a partir do acionamento do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop). A comunicação com as equipes por terra é essencial para o êxito das operações do GTA. O coronel Pontes relata que uma das operações mais marcantes nesses 11 primeiros meses de atuação foi o resgate de banhistas na praia de Coqueirinho, no carnaval do ano passado. Quatro rapazes estavam em uma área de pedras e não perceberam que o nível das águas do mar subiu. Ficaram ilhados e foram resgatados pela equipe do Acauã, que foi aplaudida pelas pessoas que assistiam as manobras na praia.
De acordo com o coronel Pontes, a receptividade da população tem sido muito boa. Muita gente tem parabenizado o trabalho eficiente do Grupo Tático Aéreo. Nos finais de semana, o helicóptero Acauã faz o patrulhamento das áreas de risco em praias, em apoio às equipes que atuam na terra e no mar. Até agora, a tripulação do Acauã ainda não fez disparos de armas durante operações, no entanto, a equipe periodicamente realiza disparos em treinamento aéreo para estarem habilitados em caso de ocorrência real.
O capitão Rodrigo Maia Pimenta, 37 anos, iniciou sua formação em 2003, em Minas Gerais, e desde 2010 exerce a função de comandante de aeronave com atuação em vários Estados, incluindo o Distrito Federal, onde atuou na Força Nacional de Segurança. Natural de João Pessoa, capitão Pimenta ingressou na PM da Paraíba em 1999 e à época não fazia ideia que se tornaria piloto de helicóptero. Acumula hoje cerca de 1.500 horas de vôo.
“Hoje é uma das maiores satisfações como profissional ver implantado esse serviço de segurança pública e de defesa civil na parte aérea. No ar nós conseguimos ver 15 vezes à frente em relação ao que o homem no solo consegue ver. Hoje nós temos muito orgulho em realizar esse serviço na Paraíba e eu sinto que a tropa hoje já incorporou a aeronave como mais uma modalidade de nossa segurança pública”, declarou o oficial. “Graças a Deus, o governador Ricardo Coutinho entendeu a necessidade da aeronave e tanto é que ele já se mostrou favorável à aquisição de um segundo helicóptero”, pontuou o capitão Pimenta.
Fonte: Governo da Paraíba
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