Mato Grosso do Sul discute técnicas para coibir crimes e melhorar performance de arrecadação do Estado
23 de agosto de 2015 2min de leitura
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Campo Grande (MS) – Com foco no combate aos crimes transfronteiriços, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), realizou em Campo Grande no dia 13/8, por meio da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), o III Congresso de Capacitação de Recursos Humanos para Identificação de Concorrência Desleal, Contrabando e Tráfico de Drogas.
A abertura do evento que contou com a presença do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Maluf, representando o governador Reinaldo Azambuja, foi marcada por uma simulação real de patrulhamento aéreo com abordagem, que foi realizada por um helicóptero da CGPA. “Muitas pessoas não sabem, mas esse é um trabalho que fazemos rotineiramente na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai”, afirma o coronel Rosalino Gimenez, piloto que participou do exercício.
O secretário Sílvio Maluf disse em seu discurso que o Congresso que demonstra a união e integração das forças, é uma oportunidade de atualização e aprendizado de novas técnicas e tecnologias a serem empregadas na repressão aos crimes transfronteiriços. “É um evento eclético, onde as pessoas e forças estão integradas e comprometidas com a troca de experiências e informações, imprescindíveis para o enfrentamento aos crimes na faixa de fronteira”, destacou.
Mato Grosso do Sul é um dos dez estados brasileiros que fazem divisa com outros países. São mais de 1.500 quilômetros de fronteira seca que separa o Estado da Bolívia e do Paraguai, o que segundo o coordenador da CGPA, coronel Edilson Duarte, facilita a ação de criminosos.
“A nossa preocupação não é apenas com o contrabando, mas também com drogas, medicamentos e gado”, adverte Duarte, lembrando que as aeronaves agilizam o deslocamento da tropa, na ocupação de pontos considerados sensíveis.
“É muito importante eventos como este para a integração e união na repressão a esses crimes de fronteira, para manter a ordem e melhorar a performance de arrecadação do Estado e do País, que tem hoje um prejuízo anual de mais de 10 bilhões de reais com estes ilícitos”, afirma Roberto Alves de Lima, presidente da Associação de Combate ao Mercado Ilegal.
O abertura do congresso contou ainda com as presenças do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública adjunto, Helton Fonseca, do Delegado-Geral da Polícia Civil adjunto, André Matsushita Gonçalves, do Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Deusdete Souza Oliveira Filho, entre outras autoridades.
Prejuízos do crime
Dados da Sejusp apontam que de janeiro a junho do ano passado foram apreendidas em Mato Grosso do Sul mais de 87 toneladas de drogas e, no mesmo período deste ano, esse número superou 120 toneladas, o que representa um aumento de mais de quase 40%. Já as apreensões de cigarros contrabandeados aumentaram mais de 234%. De janeiro a junho de 2014 foram pouco mais de 188 mil pacotes, no mesmo período de 2015 esse número saltou para 629 mil.
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteira (Idesf), no Brasil, o prejuízo com o contrabando e descaminho nas fronteiras supera os R$ 100 bilhões por ano. O ranking é liderado por cigarros (67%), seguido de eletrônicos (15%), produtos de informática (5%) e vestuários (3%). Os prejuízos com perfumes e produtos de beleza contrabandeados são de 2%.
Fotos: Chico Ribeiro
Fonte: SEJUSP.
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