Paraná – A família de um homem de 30 anos, que foi a óbito após envolver-se em um acidente de trânsito registrado na madrugada do dia 24, na BR-369, em Arapongas e, permaneceu internado no Hospital Regional João de Freitas, até as primeiras horas de terça-feira (26), quando foi a óbito, autorizou a doação múltipla de órgãos e tecidos, que devem salvar mais de 10 vidas.

Todos os órgãos de Roni Onofre, foram transportados na tarde do dia 26, em uma operação que contou com a participação da equipe do GRAER, que tem como integrante o médico de Arapongas, Dr. Rodrigo Faria, do SAMU de Londrina, da Central de Transplantes e da Polícia Militar de Arapongas.

De acordo com informações colhidas no local, os ossos foram levados por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), para o Rio de Janeiro, enquanto os outros órgãos foram levados para outros hospitais do Paraná.

Segundo informou o Dr. Rodrigo, esses órgãos devem beneficiar pelo menos 15 pessoas. O Major Adilar, o Co-Piloto e o enfermeiro Marcos fizeram parte dessa equipe que cumpriu seu papel em tempo hábil para que não perdessem a captação.

Lista de espera

Embora já tenha melhorado bastante, a situação de quem necessita de transplante de órgãos no Brasil ainda é muito delicada. Atualmente, cerca de 28 mil brasileiros aguardam na fila de espera em todo país. Infelizmente, de cada 10 pessoas abordadas, quatro se recusam a doar os órgãos de seus familiares.

Como proceder

No Brasil, a família é quem decide se os órgãos devem ser doados ou não, independentemente da decisão do possível doador em vida. Após confirmado a doação, as equipes fazem a extração no hospital onde encontra-se o doador, em centro cirúrgico, respeitando todas as técnicas de assepsia e preservação dos órgãos. Atualmente, os seguinte órgãos e tecidos podem ser transplantados: pulmão, pâncreas, vasos sanguíneos, intestino, ossículos do ouvido, pele, coração, válvulas cardíacas, córneas, medula óssea, fígado, rins, tendões e meninge.

Fotos: Rodrigo Faria.

Fonte: Dia a Dia Arapongas.