Polícia do Novo México/EUA passa por adaptações após acidente fatal com helicóptero
12 de julho de 2015 3min de leitura
12 de julho de 2015 3min de leitura
Mark Huber
O Conselho Nacional de Segurança em Transportes tem utilizado as forças policiais do Estado para repreender uma série de acidentes fatais com helicópteros entre Maryland e Alasca nos últimos anos. Mas, parece que o Conselho atribuiu à Polícia Estadual do Novo México (NMSP) a sua crítica mais pesada pelo acidente fatal ocorrido no ano de 2009 com o seu AW109E da AgustaWestland.
O Conselho constatou que, basicamente, o peixe tinha começado a apodrecer pela cabeça: havia interferência política na tomada de decisão operacional, gestão draconiana temperada com ‘cauboismo’, políticas falhas, fraca tomada de decisão experimental, basicamente havia de tudo com exceção da adição de Slurpees ao Jet-A.
O Princípio da Incompetência de Peter vai ao encontro do uso de helicópteros. Se você não tem conhecimento do acidente, leia o relatório online, a situação é crítica. Esta foi apenas mais uma razão pela qual a segurança das operações com helicópteros públicos entrou para a mais recente Lista das Melhorias de Segurança dos Transportes Mais Procuradas do NTSB.
Corpos mortos tendem a gerar autoreflexão e a NMSP usou isto ao seu favor, instituiu reformas e as compartilhou amplamente com a comunidade de asas rotativas na Heli-Expo deste ano, durante um fórum do NTSB sobre segurança.
Algumas das coisas que o departamento fez:
1. Adotou práticas melhores.
Começando pelas diretrizes da Associação de Aviação Policial (ALEA), a NMSP implementou programas de gestão de riscos e operações e treinou controladores aéreos táticos.
2. Diminuiu a adrenalina.
Quando você recebe uma chamada, a reação natural é de correr e partir para a ação. Agora, a NMSP utiliza um formulário de gestão de riscos baseado em pontos que deve ser preenchido à mão e, depois, enviado para a próxima cadeia de comandos. As tripulações devem arquivar um plano de voo sob as Regras de Voo Visual (VFR) e uma lista de planejamento de pré-voo que inclua uma lista de verificação de equipamentos.
3. Instituiu os momentos para as obrigações mais difíceis para combater a fadiga.
4. Implementou um programa de treinamento para os oficiais de voo tático (TFO).
A ideia é reduzir a carga de trabalho do piloto com uma tripulação treinada que saiba navegar, usar os óculos de visão noturna e o sensor de visão frontal infravermelha (FLIR) e que saiba pousar o helicóptero no caso de uma emergência. Em missões mais complexas e exigentes, dois TFOs serão despachados com o piloto.
5. Adquiriu equipamentos.
Uma segunda tela FLIR foi acrescentada à segunda estação do TFO. A NMSP agora usa o sistema de rastreamento de aeronaves Spider Tracks e todos os membros da tripulação recebem sinais de rádio pessoais. As tripulações usam coletes de voo e equipamentos de sobrevivência em cada missão. Agora se eles precisarem de se abrigar no local, eles podem. As tripulações também receberam tablets com o software de navegação.
6. Amparou emocionalmente a tripulação.
As tripulações não recebem informações sobre a localização, mas apenas detalhes da missão, por ex. bebê doente, até que a decisão de seguir ou não seguir adiante com a chamada seja tomada.
É preciso coragem para levantar-se em uma sala lotada, admitir seus erros e compartilhar soluções com os seus pares. Confessar pode ser bom para a alma, mas não é fácil. Porém, deixa todo mundo mais seguro.
Fonte: Multi Briefs/ Reportagem: Mark Huber
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