Robinson discute projetos passados e atuais para R66 durante Heli-Expo 2015
01 de maio de 2015 4min de leitura
01 de maio de 2015 4min de leitura
No dia 3 de março, durante a HAI Heli-Expo 2015 em Orlando, Flórida (EUA), o presidente da Robinson Helicopter, Kurt Robinson, declarou que 2014 havia sido um ano de êxito para a empresa.
Embora a produção total tenha diminuído de 523 helicópteros em 2013 para 329 helicópteros em 2014, Robinson acredita que isto se deve, em parte, ao fato da empresa estar tentando cumprir com a produção da estrutura da aeronave R66 Turbine e, em parte, à situação econômica mundial — 70 porcento da produção da empresa ocorre fora dos Estados Unidos.
Em 2014, as vendas mundiais fora dos Estados Unidos concentraram-se na Rússia, China, Austrália e no Canadá. Além disto, a empresa vendeu, em outubro, aeronaves R44 Raven à Força Aérea Real Jordaniana para o uso em treinamentos de voo.
A maior parte das atividades da empresa concentrou-se em torno do R66 que, segundo Kurt Robinson, ganhou agora certificação no mundo todo, com mais de 600 fuselagens em serviço atualmente. A empresa Rolls-Royce, que fornece o motor turboélice RR300 do R66 assim como uma unidade de monitoramento eletrônico (EMU) para a coleta de dados operacionais, informou que a frota inteira já voou mais de 275.000 horas.
“Os relatos de que estamos retomando o rumo do R66 têm sido inacreditavelmente positivos”, disse Kurt Robinson. “As aeronaves estão sendo usadas cada vez mais e, de verdade, não temos encontrado qualquer problema significante com o R66.” Inclusive, a empresa assinou um contrato de 10 anos com a Rolls-Royce para a entrega de mais 1.000 motores durante a próxima década — um mínimo de 100 motores por ano. Kurt Robinson acrescentou, “eles têm feito um trabalho excelente – é o motor perfeito para a aeronave.”
A empresa informou que, após um ano em baixa, as vendas das aeronaves parecem estar aumentando em 2015. “Passamos por uma fase fraca um ano atrás talvez”, disse Kurt Robinson. “A nossa produção semanal no momento atual é de um R22, três R66 e entre quatro e cinco R44. Mesmo com esse padrão de produção, atualmente temos pendências equivalentes a seis meses com relação ao R66 e a sete meses quanto ao R44. Portanto, estamos claramente presenciando a retomada da economia e as coisas estão indo bem.”
Coincidindo com o aumento das vendas, a empresa aumentou a sua infraestrutura de suporte técnico acrescentando 17 Centros de Serviços da Robinson Helicopter desde o ano passado, atingindo um total de 478 centros operando no mundo inteiro. Dentre eles, 112 possuem certificação para atender ao R66. “Esta continua sendo uma prioridade da Robinson, tentar adquirir as peças de reposição e manter tudo funcionando bem”, disse Kurt Robinson. “Continuamos crescendo, continuamos construindo e fornecendo um suporte cada vez melhor.” De modo notável, o diretor do suporte técnico da empresa, Patrick Cox, recebeu o prêmio Rolls-Royce Excellence pela Manutenção de Helicópteros no dia 4 de março.
“Agora que temos a certificação, estamos iniciando, na verdade, vários projetos”, disse Kurt Robinson, fornecendo um resumo das atividades da empresa durante o ano passado. Durante o outono, a empresa recebeu a certificação da Administração Federal de Aviação (FAA) para o seu R66 Turbine Marine, uma variante equipada com flutuadores.
Além disto, a empresa equipou um R66 com um sistema de aviônicos Garmin G500H, um dos quais estava presente na sala de exposições da Heli-Expo; o sistema vem com diversas opções adicionais, incluindo o receptor digital Garmin GDL 69A XM de clima e entretenimento e o piloto automático da HeliSAS. A empresa também criou uma barra acessória que pode vir embutida ao lado do painel de instrumentos. Com duas entradas e uma saída USB, a aeronave permite aos pilotos montar e usar os seus iPads durante o voo sem ter que depender de suportes a ventosa.
Kurt Robinson também comentou resumidamente sobre projetos vindouros em 2015, também voltados para o R66. “Uma coisa importante que estamos tentando adquirir, e temos tentado isto por alguns anos, é o certificado para voar em neve”, disse Robinson.
Apesar da empresa já ter conquistado o certificado para condições climáticas frias, ela tem tido problemas para encontrar as condições ideais nas quais possa testar a sua aeronave. “Tem que ser sob uma nevasca que reduza a sua visibilidade a menos de um quarto de uma milha e a temperatura tem que estar a 30 graus ou acima — é muito complicado conseguir isto. A neve na região leste é bastante fria, não dá para usá-la.”
Robinson está trabalhando com a Aerial Recon, um negociante da Robinson Helicopter em Alberta, no Canadá, para testar um R66 totalmente equipado em condições de nevasca. Kurt Robinson espera que as condições ideais permitam a certificação ainda este ano.
Outros projetos a caminho para o R66 incluem uma opção de gancho de carga, um helicóptero policial R66 equipado com o sistema de aviônicos Garmin citado anteriormente e com piloto automático, assim como com uma câmera FLIR e outros equipamentos policiais.
Fonte: Rotor & Wing/ Reportagem: Joseph Ambrogne
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