Tripulantes aeromédicos estão preocupados com o uso de aeronaves teleguiadas
30 de agosto de 2014 2min de leitura
30 de agosto de 2014 2min de leitura
A tripulação de salva-vidas da Clínica Carilion, em Virgínia, nos EUA, declarou que a comunidade aeromédica está preocupada com o uso de aeronaves não tripuladas, também conhecidas como aeronaves teleguiadas, em locais de acidente.
Um homem de Ohio foi processado recentemente após usar a sua aeronave teleguiada para gravar um vídeo de um acidente. A polícia disse que a presença da aeronave atrasou o pouso de um helicóptero médico.
Alex Greve, operador de aeronaves não tripuladas do Condado de Amherst, disse que os operadores devem sempre praticar a técnica de ‘ver e evitar’. Ele sempre controla voos com, pelos menos, uma outra pessoa.
“É sempre bom ter um observador, para verificar o tráfego aéreo ou qualquer outra coisa que você não consiga ver,” disse Greve. “Depois que a aeronave decola, você só tem olhos para o céu.”
Greve e o seu observador ouviram uma aeronave por perto, minutos depois de executarem um voo. “A altitude estimada dele era de 914 metros. A minha altitude pretendida era de no máximo 46 metros. Estávamos fora do seu espaço aéreo,” disse Greve.
“A pessoa em terra é responsável pelas funções de ver e evitar,” disse Dave Balthazor, piloto da Life-Guard 10. “Nós dependemos deles para evitarmos uma colisão com uma aeronave tripulada.”
Balthazor diz que enxergar uma aeronave não tripulada pelo cockpit do helicóptero pode ser muito difícil. “Ela é quase invisível pelo nosso para-brisa,” disse Balthazor.
Balthazor acrescenta que a maior preocupação dos tripulantes de helicóptero é em relação aos procedimentos de aproximação e saída. O piloto não sabe, entre uma chamada e outra, onde ele terá que executar o pouso; se em um campo, em uma estrada ou em um heliporto de um hospital.
“No Memorial Roanoke, existe um parque enorme,” contou Balthazor. “E as pessoas que praticam pilotagem por diversão poderiam muito bem ter a ideia de ir para o parque e realizar voos não tripulados.”
“As aeronaves poderiam ser atingidas nas suas pás de hélice e sofrer danos? Poderiam, sim. A aeronave poderia cair? Não sei,” disse Balthazor.
“Aves como o urubu, a águia ou o falcão são mais densas do que o que nós estamos pilotando,” afirmou Greve. “Nossas aeronaves muito raramente pesam mais que 1,5 kg. Elas são feitas de isopor ou plástico.”
Fonte: WSet/ Reportagem: Angela Hatcher
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