Helicóptero da Imigração dispara contra veículo e mata 2 ilegais
09 de novembro de 2012 1min de leitura
09 de novembro de 2012 1min de leitura
Um patrulheiro no Texas, a bordo de um helicóptero, atirou contra uma caminhonete durante uma perseguição no deserto, causando a morte de 2 imigrantes naturais da Guatemala. As autoridades suspeitavam que o veículo carregasse drogas. O incidente, ocorrido próximo à fronteira mexicana, foi informado na sexta-feira (26).
Os patrulheiros encontraram a caminhonete na quinta-feira (25) e, depois que o motorista se recusou a parar o automóvel, eles contataram a polícia estadual, disse Mike Cox, porta-voz do Departamento de Proteção à Vida Selvagem do Texas.
Quando o helicóptero chegou, as autoridades concluíram que o veículo parecia carregar drogas na carroceria e trafegava em alta velocidade, disse a polícia. Depois que o patrulheiro disparou e furou os pneus da caminhonete, o motorista perdeu o controle e chocou-se contra uma vala. Oito pessoas foram presas; a maioria da Guatemala. Os investigadores não encontraram nenhum vestígio de drogas.
Geoffrey Alpert, professor de Criminologia da Universidade da Carolina do Sul e especialista em buscas policiais, considerou a decisão de atirar contra a caminhonete “um ato descuidado” que “não serviu o propósito de cumprir a lei”.
“Em 25 anos acompanhando as buscas policiais”, disse ele. “Nunca vi a situação na qual um policial dispara contra um veículo em alta velocidade de um helicóptero”.
O Departamento de Segurança Pública do Texas não comentou sobre o questionamento do setor de política governamental do órgão sobre o uso de força letal. Outros departamentos que patrulham a fronteira disseram haver limites na prática. Os patrulheiros “são treinados para utilizar força letal em circunstâncias que representam risco da própria vida, a vida de seus parceiros e inocentes”, disse Doug Mosier, porta-voz do órgão.
O chefe do Consulado da Guatemala em McAllen (TX), Alba Caceres, exigiu que as autoridades federais deem uma explicação. Ela disse que as vítimas iniciaram a viagem há 19 dias nas proximidades da Cidade da Guatemala e planejavam visitar parentes em Houston (TX), New Jersey e New York.
“Estou surpresa”, disse Caceres. “Eu não consigo entender como isso aconteceu. Eu compreendo que os agentes estavam fazendo o seu trabalho, que estavam protegendo a fronteira, mas se houver alguém responsável por isso ele terá que pagar”.
Fonte: Brazilian Voice
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