Águias da Polícia Militar de São Paulo já atendem 22 chamados por dia
02 de fevereiro de 2012 3min de leitura
02 de fevereiro de 2012 3min de leitura
Perseguições policiais com helicópteros estão se tornando cada vez mais rotineiras no Estado. Em 2011, 21 Águias da Polícia Militar (Esquilos AS 350), distribuídas em todo o Estado, foram acionadas 8.085 vezes para ir atrás de criminosos, média de 22 chamadas por dia. No total, o GRPAe possui 24 helicópteros e cinco aviões, pois além do 21 Águias, possui dois helicópteros para instrução e um para transporte de dignitários.
Isso representa um aumento de 43% em comparação com o ano anterior, quando foram 5.621 acionamentos. Esse aumento, consequentemente, impactou em um aumento de 40% nas horas voadas. Segundo a PM, mais de 78% dos atendimentos do helicóptero da PM ao policiamento ostensivo ocorreram nas 10 Bases de Radiopatrulha Aérea distribuídas em todo o Estado, totalizando 6.367 atendimentos no interior e 1.718 na capital paulista.
Durante o ano de 2010, o GRPAe/SP inaugurou quatro Bases de Radiopatrulha Aérea, mais especificamente nas cidades de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Sorocaba e Piracicaba. Em 2011 foi inaugurada a última Base na cidade de Araçatuba. Este foi o motivo do aumento dos atendimentos (43%) e das horas voadas (40%). Além das Bases inauguradas nos anos de 2010 e 2011, o GRPAe possui Bases destacadas nas cidades de Campinas, São José dos Campos, Bauru, Praia Grande e Ribeirão Preto. Cada Base conta com um Águia, os demais ficam baseados na capital.
No total geral de atendimentos em todo o Estado, o Grupamento de Radiopatrulha Aérea, totalizou 19.850 atendimentos e 8.996 horas voadas.
O número de operações bem-sucedidas do Grupamento de Radiopatrulha Aérea, ou seja, que resultaram na prisão de criminosos, cresceu praticamente na mesma proporção: de 967 em 2010 para 1.374 no ano passado, alta de 42%. Os casos envolvem roubos de residência, arrastões em prédios, assaltos a banco, lotéricas e sequestros relâmpagos. “O helicóptero permite uma ação de acerto dos policiais em terra, agiliza o atendimento da ocorrência e, principalmente, salva a vida da população com agilidade”, diz o especialista em segurança Felipe Gonçalves.
O tenente Rui Galetti, oficial de relações públicas do Grupamento Aéreo, explica que, em algumas ocorrências, o próprio piloto se aproxima dos suspeitos no solo e os prende. “Aconteceu isso uma vez, os tripulantes se aproximaram bem dos ladrões e deram voz de prisão para criminosos que estavam escondidos em uma região de mata.”
A PM diz que o acionamento do Águia pode ser feito pelo policial da rua que está na ocorrência, por meio de rádio. Outra forma é o pedido do próprio operador do telefone 190. Se ele analisar que o caso é grave ou precisaria de uma aeronave, ele mesmo faz a solicitação.
Emergências – Em meio a tantos crimes, os pilotos e suas equipes também relatam casos dramáticos de salvamento na água ou resgates de fogo e acidentes. No dia 22 de dezembro, a Favela do Moinho, nos Campos Elísios, região central de São Paulo, ficou em chamas. Onze pessoas foram resgatadas em cestos pelo Águia. O dia de trabalho intenso deixou reflexos no corpo do capitão Marcelo César Cancian, 12 anos no Grupamento de Radiopatrulha Aérea e 25 de PM. “Estava com tensão muscular, travado e com os dedos duros.”
Nota Piloto Policial:
Reportagem por Camilla Haddad para o Jornal da Tarde. Os dados estatísticos foram atualizados pelo site Piloto Policial, pois referem-se ao Estado de São Paulo e não só ao município de São Paulo. Existe, além da base na capital, 10 bases destacadas no interior do Estado. O aumento dos atendimentos e horas voadas ocorreu em virtude da inauguração de novas bases no interior. O GRPAe possui atualmente 05 aviões, pois um deles foi repassado ao Corpo de Bombeiros de Rondônia. Na frota do GRPAe atuam na atividade de policiamento 21 helicópteros, pois dois são utilizados para instrução e um para transporte de dignitários. Os aviões não são utilizados no atendimento de ocorrências policiais.
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