Nada de festa. O ano-novo é sinônimo de trabalho para muita gente
02 de janeiro de 2012 2min de leitura
02 de janeiro de 2012 2min de leitura
Enquanto boa parte dos brasilienses estiver comemorando a chegada de 2012 ao lado de amigos e familiares, quem exerce profissões nas quais o trabalho não pode parar permanecerá na ativa. Para esses, não importa se é Natal ou ano-novo, é sempre hora de servir à população.
Quando a festa na Esplanada dos Ministérios alcançar o auge, à meia-noite, homens do Corpo de Bombeiros estarão em alerta. A equipe de resgate aéreo, cujo batalhão fica atrás do Palácio do Buriti, é responsável por socorrer, em helicóptero, vítimas de acidentes graves. Atua ainda em buscas, quando alguém se perde em cachoeiras ou matas fechadas, por exemplo.
O capitão Renato Freitas, 34 anos, comandará a equipe de plantão dos bombeiros na base de resgate aéreo, das 8h de hoje às 8h de 1º de janeiro de 2012. “Já aconteceu de a equipe estar voando sobre a Esplanada, no momento da queima dos fogos, a caminho do Hospital de Base, com alguém em estado grave. É comum na nossa profissão”, conta. Em datas como o réveillon, acidentes automobilísticos costumam aumentar, devido ao consumo exagerado de bebida alcoólica.
A equipe desse setor dos bombeiros é pequena, o que faz a escala se repetir algumas vezes. Sendo assim, trabalhar em feriados e fins de semana é parte da rotina desses militares. São oito homens de plantão, todos os dias. Sempre é hora de salvar vidas. “A gente gosta de ficar com a família. Aproveitamos as horas livres sempre ao lado da mulher, dos filhos. Mas escolhemos uma profissão que exige essa disponibilidade”, destaca Freitas, bombeiro há mais de 14 anos.
Jordano Pereira Araújo, 39 anos, médico e primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros, atua durante a corporação há dois anos. Vai passar a virada ao lado de Freitas e outros seis colegas, à espera de chamados. Antes de ser bombeiro, o médico trabalhava no Hospital Regional do Gama (HRG). “Lá, cheguei a atender 14 baleados na virada. Nós vivemos o outro lado da festa.”
O médico tem uma visão positiva sobre essa forma de entrar em um novo ano. “A energia é sempre boa, porque estamos salvando alguém, ajudando as pessoas. Pior é ter de dar plantão no Natal. Tenho filho pequeno, e ficar longe dele não é fácil.” Em temporada natalina, as famílias de quem está de plantão costumam visitar os parentes no serviço. Cada um leva um prato especial, e a ceia é feita no quartel. “Mas se tiver chamado todos saem correndo. Estamos sempre em alerta”, afirma.
Fonte: Correio Brasiliense, por Liliane Menezes.
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