GAVOP/DF: Resgate de vítima de queda em cachoeira utilizando Mac Guire
31 de janeiro de 2011 4min de leitura
31 de janeiro de 2011 4min de leitura
Por volta de 18h do sábado, dia 22 de janeiro de 2011, o GAvOp/DF foi acionado para atender a uma vítima de queda em cachoeira, em uma região rural próxima à cidade de Monte Alto – GO. A região fica após a cidade satélite de Brazlândia, a uma distância de 23 milhas náuticas da Base Resgate.
A solicitação inicialmente foi feita ao SAMU, que ao verificar que o local era de difícil acesso, acionou o CBMDF para realização do resgate.
O GAvOp enviou o helicóptero Resgate 02 (AS 350B2) com seis componentes na tripulação: Comandante, Co-piloto, Médico, e três Tripulantes Operacionais. O horário já se aproximava do pôr do sol, mas diante das informações preliminares a tripulação lançou mão de todos os recursos materiais para uma eventual operação com o uso da técnica Mac Guire.
O local era realmente de muito difícil acesso, e até a chegada do Resgate 02, o paciente não havia recebido nenhum tipo de assistência, por cerca de 1h30min, segundo informações de populares presentes no local da ocorrência.
O paciente, do sexo masculino, com aproximadamente 120kg, havia caído ou saltado de uma altura aproximada de cinco metros, ou maior, considerando que a cachoeira possuía vários degraus em plataformas até a sua base.
Com a chegada da aeronave, os populares foram proativos em conseguir lençóis para facilitar a visualização das pessoas que sinalizavam o local em meio ao cerrado.
O terreno muito acidentado, não permitia muitas opções de trabalho e locais para pouso. Após um reconhecimento minucioso foi decidido um local para pouso sobre o morrote mais próximo do local da queda do paciente.
Após a realização de um briefing no local, foi estabelecido que o Médico juntamente com mais dois TOPs desceriam pelas vias de acesso indicadas pelos populares no local, para iniciar o atendimento e dar o retorno sobre a maneira mais segura de se retirar o paciente daquele local.
O quartel de Brazlândia foi solicitado para apoio tão logo o Resgate 02 havia decolado. A natureza da topografia do terreno só permitiu a chegada desse apoio no local do acidente somente após vinte minutos de trabalho da tripulação do Resgate 02.
Sob assistência médica o paciente foi estabilizado com colar cervical e prancha rígida; foi realizada uma punção venosa periférica com cateter plástico de grosso calibre; passando em seguida aos procedimentos de aquecimento, monitorização com pressão arterial não invasiva, oximetria de pulso, e hidratação venosa. Embora consciente, após a avaliação médica a suspeita principal era de TRM.
Por rádio, a equipe na base da cachoeira informou a inviabilidade de retirada do paciente do local por outro meio que não a técnica Mac Guire.
Definida a dinâmica da operação, tão logo o médico retornou à aeronave, o Resgate 02 decolou para a passagem em ensaio de aproximação ao local de extração para um último reconhecimento, conforme prevê o Procedimento Operacional Padrão para essa operação, arremetendo em seguida para deixar o médico no ponto de recebimento do paciente, junto às viaturas deslocadas inicialmente e em apoio para a ocorrência.
Ato contínuo, a aeronave retornou ao local de extração do TOP juntamente com o paciente, de maneira coordenada e precisa, retornando ao local de pouso junto às viaturas em segurança.
Os parâmetros do paciente foram novamente checados, e em seqüência foi feito o transporte ao pronto socorro do HBDF, com o pouso no hospital às 19h53min, nos minutos finais de luz do dia.
Operações dessa natureza trazem aos integrantes da tripulação um nível elevado de preocupação em razão dos riscos envolvidos. Exige-se que a tripulação trabalhe em plena coordenação, sincronia e dentro de um rígido padrão de planejamento e disciplina, para cumprir exatamente o que foi planejado. Embora trabalhando em um tempo limitado, no final do dia, a assertividade, a precisão e a maturidade na tomada das decisões de toda a tripulação foram essenciais. Pois em momento algum descartou-se a eventual possibilidade de se abortar a operação, caso os níveis de risco não estivessem nos parâmetros previstos como aceitáveis. Há limites para tudo.
Este foi o 2º Mac Guire em operação real desde a partida do RESGATE 01…
“Sempre”, sob proteção Divina, agradeçemos por mais essa missão brilhante e bem sucedida, certos de que nossos anjos estarão sempre nos guardando, conforme a vontade de DEUS. E em nome da tripulação, não poderia me furtar de dividir essas informações com a família RESGATE AÉREO.
Tripulação: Maj Cleon – 1P, Cap Kleber – 2P, Cap MÉD Emmanuel, TOPs: Rogério, Lúcio e Cidinei.
Fonte: Resgate Aéreo.
Nota do Site: Segundo informações postadas no Blog Resgate Aéreo estão abertas as inscrições do Curso de Tripulante Operacional – CTOp 2011.
– Inscrições: 07 a 11 de fevereiro 2011;
– Período: 08/04 a 15/06 de 2011;
– Informações: (61) 3901-8670 (Seção de Instrução).
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