Um novo equipamento instalado no helicóptero Águia, da Polícia Militar, permite que melhores imagens sejam feitas de salvamentos do qual a aeronave está envolvida. A câmera com sensor infravermelho permite fazer gravações até sem luz. Com ela, um homem foi encontrado no Rio Tietê.

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Os bombeiros haviam encerrado as buscas por falta de visibilidade. Mas a câmera com sensor infravermelho, que registra diferença de temperatura, conseguiu localizar a vítima. Por enquanto apenas um dos helicópteros da PM tem um sistema de captação e transmissão de imagens. Tudo chega em tempo real às centrais de operação para que elas possam saber exatamente o que está acontecendo.

“A importância é justamente a PM ter as suas próprias ferramentas para poder servir e assessorar com recursos tecnológicos de última geração os seus comandantes territoriais de operação. O helicóptero dá uma conclusão instantânea, ou uma visão instantânea, para que ele possa decidir o que precisa, o que faz, se manda a viatura para um lado, manda a viatura para outro”, explica o major da PM Marco Antonio Severo Silva.

Na quinta-feira (15), a equipe do Águia precisou fazer hora extra para resgatar as vítimas de uma perseguição policial que terminou em acidente. Os ladrões roubaram um carro no Tatuapé, Zona Leste, fizeram a motorista refém e fugiram até a Vila Carrão. Lá, bateram em outros três carros e no muro de uma casa. Sete pessoas ficaram feridas.

“Duas vítimas estavam retidas em um veículo que bateu de frente com um carro preto, que seria o sequestrador”, explicou a médica Daniela Paoli.

A médica e um enfermeiro ela já estavam no helicóptero Águia 3 da PM quando o dia amanheceu. Foram eles que socorreram um motoqueiro depois que ele bateu na traseira de uma van, na Via Dutra, já na chegada à capital paulista.

“Assim que embarcamos o paciente na aeronave começou a chuva”, conta o enfermeiro Daniel José Zak. “Olhamos para a Zona Sul e não tinha teto, não dava para a aeronave passar. Não tinha visibilidade nenhuma”, completa a médica Daniela Paoli.

“Tinha o plano B. Nós iríamos pousar e acionar o COBOM para que um viatura viesse nos auxiliar e levar a vítima, via terrestre, até o hospital mais próximo”, diz o enfermeiro.

O plano B teria esbarrado em um obstáculo de 112 km: o congestionamento da cidade de São Paulo. Provavelmente, a chance de o motoqueiro que sofreu traumatismo craniano sobreviver seria muito menor. Apesar do mau tempo, a equipe conseguiu chegar ao heliponto do hospital. A cada semana são pelo menos dez resgates como este.

“Atingimos distâncias que um veículo levaria uma hora ou uma hora e meio em 15 minutos”, compara o sargento da PM José Carlos Nogueira Macedo.

Quando as operações do Águia começaram, em 1984, eram apenas sete pilotos. Hoje são 70. Antes de sentar do lado direito da cabine de uma das 15 aeronaves da frota da PM todos passaram por um treinamento de pelo menos quatro anos.


Fonte : G1


Nota do site: O equipamento comentado na matéria é o FLIR 8500.

Veja aqui um artigo sobre a utilização do FLIR 8500 com vídeo.