A Airbus Helicopters está desenvolvendo uma capacidade de regras de voo por instrumentos (IFR) para o H125 AStar, com um plano para certificar o sistema em 2024.

A capacidade está sendo desenvolvida em parceria com a Genesys Aerosystems e incluirá um cockpit atualizado com dois monitores IDU-680 EFIS, rádio digital de aeronave Genesys VHF NAV/COM, piloto automático de helicóptero Genesys IFR, ADAHRS duplo redundante, GPS/FMS duplo e outros equipamento.

A Airbus acredita que o mercado de aplicação da lei/serviços públicos, juntamente com o setor aeromédico, desejará ter uma aeronave IFR monomotor. Foto de Mike Reyno

O sistema será certificado primeiro pela Federal Aviation Administration (FAA) até o segundo semestre de 2024 e oferecido para as novas entregas na América do Norte. A empresa pretende então buscar novas aprovações com outros reguladores, sendo o Brasil o próximo alvo.

O desenvolvimento da capacidade de uma fuselagem monomotor segue os passos do 407GXi da Bell e do TH-119/TH-73A Thrasher (AW119 Koala) da Leonardo .

Enquanto Leonardo expressou dúvidas sobre o tamanho do mercado civil para uma aeronave IFR monomotora em uma coletiva de imprensa no dia anterior ao anúncio, a Airbus acredita que o tamanho da frota global do H125 significaria que há demanda suficiente para o desenvolvimento.

“O mercado do 125 é amplo o suficiente para ter clientes suficientes nesta plataforma específica para fazer o desenvolvimento valer a pena”, disse Matthieu Louvot, vice-presidente executivo de programas da Airbus Helicopters, à mídia durante um briefing.

“Ele vem [como parte de] um conjunto de desenvolvimentos para aprimorar a capacidade de todos os tempos de nossos helicópteros”, disse ele. “Em muitos helicópteros, queremos reduzir a porcentagem de dias em que você simplesmente não pode voar devido a meteorologia.”

Conforme a Airbus, existem cerca de 4.200 aeronaves da família H125 voando ao redor do mundo. No ano passado, recebeu 161 encomendas do tipo.

“Nosso objetivo é melhorar nossos produtos passo a passo, e claramente a estratégia do H125, o próximo passo é tornar o H125 capaz de voar IFR ”, disse Romain Trapp, CEO da Airbus Helicopters Inc. . “Temos visto alguma demanda dos clientes. Para onde vai chegar no final, acho que não sabemos, mas queremos estar prontos para atender a demanda.”

Trapp acrescentou que a demanda que o fabricante viu até o momento tem sido “principalmente no lado EMS [serviços médicos de emergência]” da indústria, mas a Airbus também acredita que os operadores de serviços públicos e policiais estarão ansiosos para ter a capacidade.

“Nossa responsabilidade é ouvir o mercado, ouvir nossos clientes e garantir a resposta às suas necessidades”, disse Bruno Even, presidente e CEO da Airbus Helicopters. “Sim, talvez, pode ser que não seja a necessidade de todos os mercados, mas queremos uma posição para todas as partes do mercado.”

A fabricante e parceira Genesys revelou a novidade durante o primeiro dia da HAI Heli-Expo 2023 em Atlanta, Geórgia.

“A Genesys está entusiasmada em fazer parceria com a Airbus para oferecer uma solução de aviônica para o H125 que permite uma opção acessível para operações IFR”, disse Jamie Luster, diretor de vendas e marketing da Genesys Aerosystems, em um comunicado à imprensa. “Esperamos que a opção IFR seja uma escolha popular em aplicações de missões civis e especiais.”