Ceará  – No Dia Nacional da Aviação da Segurança Pública, celebrado no último dia 29 de junho, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER/CE), parte integrante da estrutura organizacional da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE), se destaca em suas múltiplas habilidades em missões diárias.

Nestes 27 anos de serviços prestados aos cearenses, a Ciopaer é reconhecida como a maior operadora de aeronaves biturbina e homologadas para voo por instrumentos entre os órgãos estaduais brasileiros. Além de ser considerada como a operadora com serviço aeromédico público mais bem executado do país.

Foto: Ascom SSPDS

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A coordenadoria conta com cinco bases fixas, instaladas em Juazeiro do Norte, Sobral, Quixadá, Crateús e na Capital cearense. A Ciopaer dispõe de nove aeronaves, um EC130 B4 monoturbina, dois AS350B2 esquilo monoturbina, três Airbus EC145, um Airbus EC135 e dois H135. Nos acionamentos das missões das Forças de Segurança, a Ciopaer conta com mais de 160 profissionais de segurança pública que compõem o efetivo da unidade aérea, entre pilotos, tripulantes operacionais, mecânicos e apoio solo, além de médicos e enfermeiros do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

“Nosso lema é voar para proteger e salvar. Proteger o cidadão e salvar quando necessário for. Por isso, estamos 24 horas de prontidão para qualquer acionamento nas regiões do Estado. Daí, a confiança da população no nosso trabalho. Contamos com equipamentos operacionais de ponta para qualquer tipo de missão, mesmo em condições de voo por instrumento”, destaca o coordenador da CIOPAER/CE/SSPDS, coronel aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), Darley Oliveira de Sousa.

Foto: Ascom SSPDS

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Integração

Além de operações policiais e do serviço aeromédico, que é referência no transporte de pacientes, os profissionais da Ciopaer estão habilitados a cumprir ações de prevenção e repressão de crimes em todo o Ceará. As missões da tripulação da Ciopaer incluem ainda resgate de vítimas de afogamentos e o salvamento de pessoas em áreas isoladas de difícil acesso, como em situações de inundações devido às chuvas, como ocorreu no primeiro semestre do ano durante a quadra chuvosa. Além do monitoramento de açudes, barragens, florestas, no combate a incêndios e entre outras missões.

Foto: Ascom SSPDS

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“Trabalhamos de forma integrada e contamos com o apoio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) para os acionamentos das aeronaves. Além de prestarmos apoio à Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), à Polícia Militar do Ceará (PMCE) e ao Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), nossos pilotos e mecânicos são oriundos dessas três vinculadas da SSPDS. Por isso, temos a missão de atender a todos os cearenses, em qualquer região que seja”, explica o coronel aviador.

Durante os acionamentos, as aeronaves decolam de uma das cinco bases da Ciopaer para cumprir a missão. Elas estão em regiões estratégicas do Estado localizadas em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Quixadá e Crateús. Além das missões policiais, a coordenadoria realiza o transporte aeromédico, o transporte de órgãos, resgates, combate a incêndios florestais e o transporte de autoridades.

“As aeronaves são multimissão, ou seja, para cada tipo de acionamento, os helicópteros são configurados para a missão que irão cumprir”, ressalta Darley.

Transporte aeromédico

A humanização nas missões é um dos destaques no serviço prestado pela Ciopaer, por meio do aeromédico. A aeronaves possuem a capacidade de configuração para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea e detêm modernos equipamentos, entre eles, incubadoras para transporte de recém-nascidos, ventilador pulmonar, bombas de infusão, monitor multiparamétrico, com a capacidade de fazer capnografia, ou seja, que é capaz de medir os níveis de dióxido de carbono. Tudo isso, acoplado aos suportes mecânicos e eletrônicos da aeronave, para oferecer um serviço médico aos pacientes transportados.

“Dentro da tripulação existe uma equipe de suporte médico, com médicos e enfermeiros que atuam em missões de resgate e transferência de pacientes entre hospitais. O transporte intra-hospitalar envolve o tempo de resposta do paciente, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em que o paciente necessita de hospital de alta complexidade em até quatro horas após o evento, infarto, pacientes pediátricos, como o transporte de recém-nascidos e vítimas de acidentes.

Além das missões de resgates, em situações que a equipe vai até o local do acidente, pousando a aeronave em um local de pouso seguro, para prestar o atendimento à vítima e estabilizar o paciente para transportá-lo até uma unidade de atendimento que dê o atendimento adequado”, explica o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) e médico do serviço aeromédico, Warner Campos.

Foto: Ascom SSPDS

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O aeromédico atua com médicos e enfermeiros especializados em atendimento de urgência e emergência. Eles também participam de uma imersão na própria coordenadoria em regiões inóspitas, tudo isso para prepará-los para atuarem em qualquer situação durante os voos e serem devidamente preparados para operar no suporte médico.

Duas aeronaves possuem UTIs embarcadas e são utilizadas para diversos trajetos para o atendimento aeromédico no Estado. Outros helicópteros são embarcados com equipamentos móveis e estão habilitados para realizar o serviço. Nos cinco primeiros meses deste ano, o serviço aeromédico já foi acionado 59 vezes, totalizando mais de 80 horas de voo.

Tecnologia das aeronaves

A Ciopaer é a maior frota biturbina da aviação de segurança pública do país. Equipadas com uma das mais modernas frotas, as aeronaves do Ceará dispõem de aparelhos que apenas o Exército dos Estados Unidos e o clube de automobilismo alemão Allgemeiner Deutscher Automobil-Club (Adac) possuem.

Foto: Ascom SSPDS

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“A coordenadoria conta com aeronaves que realizam voo por instrumento, como voo noturnos e condições adversas do tempo, elevando o atendimento da ocorrência no tocante à tecnologia. Nos voos por instrumento temos tecnologia embarcada, radar meteorológico, piloto automático de quatro eixos, que reduz a carga de trabalho do piloto que está a bordo”, explica o coronel da Polícia Militar do Ceará, Hélio Alencar, piloto mais antigo na coordenadoria. Ele é um dos 28 pilotos da Ciopaer, que são acionados diariamente para as missões integradas das Forças de Segurança.

Ele conta que as aeronaves têm um inovador sistema de tela Helionix – tela única com informações destacadas por cores; além de farol de busca usado nos patrulhamentos preventivos; o Flir – equipamento infravermelho que identifica a temperatura térmica durante as operações de buscas; e o Bambi Bucket – bolsão para armazenamento de água utilizado em ocorrências de incêndios florestais ou na zona urbana.

Foto: Ascom SSPDS

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Investimento em segurança de voo

A segurança de voo atua no gerenciamento de risco. Por isso, a Ciopaer conta com um Setor de Gerenciamento da Segurança Operacional, que é responsável por manter as operações da coordenadoria no nível de excelência de segurança operacional, para assegurar aos pilotos um voo seguro, além de cuidar do gerenciamento de risco, da cultura de segurança e da formação continuada dos pilotos.

Foto: Ascom SSPDS

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Desde 2012 na Ciopaer, o tenente-coronel da PM, Cleriston Oliveira, é instrutor de voo e oficial de segurança de voo do esquadrão da coordenadoria. Ele conta que quando entrou na Coordenadoria recebeu treinamentos para todas as condições de emergência, desde pousos forçados a pousos sem pedais. O oficial destaca que esse tipo de treinamento colabora para a maturidade do comandante. Ele participou ainda do Treinamento de Procedimentos de Emergências, que o preparou para todas as condições de voo.

“Em 2018, tive a oportunidade de participar de um treinamento na Alemanha, na fábrica em que são produzidas as aeronaves H135, um dos melhores bimotores do mundo. Também participei de um treinamento de guincho elétrico. Outros 12 pilotos e oito mecânicos da Ciopaer passaram pela uma imersão no país”, conta o tenente-coronel.

Foto: Ascom SSPDS

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A capacitação no país nórdico, que fica na região da Europa setentrional, deu à equipe todo conhecimento do sistema operacional de uma aeronave H135, desde a familiarização teórica – Ground School – até os procedimentos de emergências. Durante o curso, eles também tiveram a oportunidade de participar de um treinamento com guincho elétrico.

Resgate com guincho elétrico

Hoje, a coordenadoria da SSPDS é a única unidade aérea do Brasil que utiliza guincho elétrico para resgates em regiões de difícil acesso com um guincho de 90 metros de cabo, conseguindo lançar o tripulante para realizar o salvamento com segurança. Com isso, o Ceará consegue operar com total segurança em missões complexas de busca e resgate.

Foto: Ascom SSPDS

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“Todos os dias, quando acordo, tenho a responsabilidade de fazer o melhor. Quando vamos para as missões conseguimos observar nas pessoas o sentimento de gratidão e o reconhecimento pelo nosso trabalho”, destaca Cleriston.

Para o tenente-coronel, os treinamentos são um investimento em segurança para um melhor serviço prestado ao cidadão. “Como oficial de voo do esquadrão, é uma das melhores maneiras que vejo de melhorar o nível da nossa equipe. Uma vez que, piloto e tripulante, estejam devidamente treinados, eles estarão preparados para desempenhar qualquer tipo de missão, por mais complexa que seja. Caso aconteça alguma situação crítica”, destaca.

Foto: Ascom SSPDS

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Dia da Aviação de Segurança Pública

Em 1913, foi criada a aviação de segurança pública no Brasil, se consolidando no Estado de São Paulo, a Esquadrilha de Aviação e a Escola de Aviação da Força Pública. Já 1970, o Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a destinar helicópteros para missões de segurança pública, exemplo que, nos anos seguintes, foi seguido por outros estados.

Nas últimas décadas, o sistema aéreo de defesa tem inserido diversos órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, como polícias militar e civil, corpos de bombeiros militares e órgãos federais. O Dia Nacional de Aviação de Segurança Pública foi instituído em 2007, sendo celebrado nesta quarta-feira (29), no calendário das Forças de Segurança de todo o País.