O Tocantins enfrenta um enorme desafio logístico para entregar os testes rápidos da Covid-19, que podem ajudar a identificar o nível de contaminação da população, no interior do estado. Com muitas cidades ainda sem acesso por estradas pavimentadas e moradores em regiões remotas, a chegada dos exames acaba atrasando para parte da população.

Foto: Reprodução/Instagram

Para tentar contornar o problema, a Polícia Militar lançou recentemente uma operação especial de distribuição. O helicóptero da Segurança Pública foi mobilizado e o trabalho foi coordenado com equipes em terra. Enquanto os automóveis vão até cidades carentes, mas de fácil acesso, a aeronave faz entregas em povoados isolados.

“São regiões realmente onde é difícil chegar de carro, bem no interior”, explica a subdiretora de saúde da PM do Tocantins, major Melissa Vasconcelos. “Foi muito bacana ver a reação do pessoal quando chegaram as equipes, porque eles dificilmente receberiam os testes tão rapidamente sem essa ação”, completa.

Ao todo, a operação vai distribuir 120 mil testes rápidos que foram doados por uma empresa privada. Deste total, cerca de 20 mil serão usados para testar o próprio efetivo da PM e os dependentes, já que boa parte das equipes trabalham em contato direto com a população.

Outros 10 mil devem ser distribuídos entre outras autarquias e instituições do governo que prestam serviços com a presença de público que não podem ser paralisados, como o Corpo de Bombeiros e a Agência Tocantinense de Obras.

O restante, está sendo entregue em comunidades isoladas. A major Melissa informou que recentemente, os militares fizeram voos com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) ao povoado Mumbuca, no Jalapão e também ao município de Lizarda. Por terra, foram feitas entregas em São Félix e Arraias, além de outras cidades da região central do estado.

Os testes estão servindo ainda para a ação na Praça dos Girassóis que ofereceu exames gratuitos aos moradores de Palmas. A expectativa da PM é que até sexta-feira seja concluída a testagem do efetivo e a distribuição. A responsabilidade por tabelar os dados nos municípios é das prefeituras, a PM deve usar os dados para avaliar o nível de contaminação no efetivo e para dar mais segurança ao atendimento da população.