DF adquire drones para auxílio nas ações de segurança pública
28 de março de 2021 3min de leitura
28 de março de 2021 3min de leitura
Distrito Federal – Reforço nos céus para patrulhamento na capital federal. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) contará, no máximo até junho, com drones para auxílio nas ações das forças policiais do Distrito Federal. O pregão, aberto em janeiro e realizado no início março, possibilitou acordo para aquisição de sete aeronaves, que serão usadas, segundo o edital, em favor das subsecretarias do Sistema de Defesa Civil (Sudec/SSP) e de Inteligência da SSP, da Diretoria de Inteligência Penitenciária, vinculada à pasta da gestão penitenciária (DIP/Seape) e da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe/Seape).
Além dos equipamentos, a contratada se responsabiliza pelos acessórios do drone, como baterias, câmeras, hélices reservas e outros aspectos técnicos. A empresa Embratop Geotecnologias, de São Paulo, faturou a licitação por R$ 397 mil para fornecimento de sete aeronaves, sendo uma delas do modelo DJI Matrice 210, unidade resistente à água, dobrável e com capacidade de voo de até nove mil pés – ou seja, quase 2,5 mil metros – e raio de dois mil quilômetro de autonomia. Outros seis foram adquiridos, mas da versão Mavic 2 Enterprise Zoom, de menor alcance, mas pilotável em ambientes fechados.
Pelo contrato, a empresa tem 60 dias a partir do empenho das notas de pagamento para fornecer os equipamentos, que vêm com garantia de um ano. De acordo com o titular da pasta, Anderson Torres, a aquisição dos drones – ou “aeronaves tipo quadricóptero” – o maquinário irão “otimizar as ações das forças de segurança”, como “no policiamento de shows, locais em que haja grande quantidade de público, e no levantamento e monitoramento das áreas de risco por parte da Defesa Civil”.
O secretário lembra ainda as situações de resgate. “Esses equipamentos podem ajudar na localização e esgate de pessoas em locais de difícil acesso”, comenta Torres. Especialista em Segurança Pública e consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) para o assunto, Leonardo Sant’Anna é adepto do uso de tecnologias nas atividades de patrulha e socorro. “Se um fugitivo vai para o Parque da Cidade e se esconde nas árvores, teria de ir um profissional, correndo o risco de encarar alguém armado e de tocaia”, aponta. “Se há um drone, lança e aciona a câmara, aferindo o posicionamento correto e auxiliando a ação”, argumenta Sant’Anna.
Segurança na pandemia
Em tempos de covid-19, quando já foram contaminados 2.775 agentes de segurança – com 34 mortes e taxa de mortalidade em 2% entre a categoria – segundo a mais recente atualização da Secretaria de Saúde (SES), o que parece um brinquedo pode ajudar a salvar os profissionais. “O monitoramento da orla do lago [Paranoá] poderia ser feito com uso de drone, e poderia perfeitamente ser mapeado por um custo muito menor”, infere. “Ao invés de ter dez lanchas do Corpo de Bombeiros, teríamos dois drones”, exemplifica.
Por falar em Corpo de Bombeiros Militar (CBM-DF), Leonardo corrobora a fala de Torres acerca de resgates em regiões remotas. “Numa área que teve chuva muito forte, com cachoeiras, que tenha a possibilidade de um socorrista cair, o drone já consegue promover essa localização de maneira rápida e segura”, considera Sant’Anna. Assim, não haveria exposição dos próprios socorristas em áreas de risco. No âmbito policial, ele aponta maiores facilidades para coleta de informações e até mesmo provas para solução de crimes e investigações.
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