Transferência de pacientes infectados exige rigoroso protocolo para evitar contaminação
07 de abril de 2021 2min de leitura
07 de abril de 2021 2min de leitura
Minas Gerais – O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) presta apoio à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) na remoção e no remanejamento de pacientes com covid-19 em várias cidades do estado. A ação é fundamental para garantir atendimento adequado às pessoas com quadro mais avançado da doença. Uma série de protocolos precisa ser rigorosamente seguida para evitar contágio dos tripulantes e dos demais envolvidos no processo de transporte dos pacientes infectados.
A tenente Sílvia Amélia de Souza Paula, do Batalhão de Operações Aéreas (BOA), conta que, quando é feita a triagem de um paciente que necessite de transporte, todos os envolvidos na ocorrência – piloto, copiloto, tripulante operacional, médicos e enfermeiros – passam por um procedimento diário.
Cada integrante recebe um kit de proteção individual composto por macacão, botas, luvas, máscara N95, óculos e gorro. Até a colocação dos itens requer metodologia para evitar contágios, além de um sistema de vedação de punhos e pernas por meio de fitas adesivas para garantir a segurança dos trabalhadores. A paramentação é realizada na chegada no município para que não haja desgaste da equipe por tempo muito prolongado.
Desinfecção
Durante o traslado, a equipe permanece paramentada, independentemente das condições climáticas, até a chegada na base e transferência do paciente para a ambulância que o levará para a unidade de Saúde destinada pela SES-MG.
Ao término do processo de transferência dos pacientes, os integrantes iniciam a etapa de desinfecção. No chamado “corredor de descontaminação”, militares e demais tripulantes pisam em um pano com solução de hipoclorito (pedilúvio) e, em seguida, em mais um tapete para limpar completamente a sola dos pés. Depois, é a vez das mãos, que também recebem solução para desinfecção. Só assim a equipe pode começar a retirada da paramentação seguindo um passo a passo.
A equipe de descontaminação cuida da destinação segura do material descartável e de botas e óculos, que são novamente limpos para serem reutilizados. Todo o restante é descartado de forma segura.
Envelopamento
Os cuidados não ficam restritos à equipe. Antes do transporte, as aeronaves são envelopadas após a retirada do material que não será utilizado naquela ocorrência. Todas as superfícies que podem ter impregnação de partículas são envelopadas com plástico filme. O processo facilita e agiliza a limpeza de equipamentos utilizados na remoção dos pacientes.
No avião é possível isolar a cabine da parte interna, para separar piloto e copiloto do restante da tripulação, incluindo o paciente. Ao fim do traslado, o plástico é retirado de superfícies e equipamentos, evitando, assim, a penetração de partículas que podem impregnar e contaminar de forma mais abrangente a aeronave.
Por fim, a mesma equipe de descontaminação que ajuda na desparamentação dos tripulantes faz a limpeza no interior das aeronaves com álcool e solução de hipoclorito ou biguanida. O trabalho minucioso é extremamente necessário para garantir a segurança dos envolvidos e evitar a disseminação da doença.
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