MS negocia com União recursos para compra de aeronaves para combater queimadas no Pantanal
29 de janeiro de 2021 2min de leitura
29 de janeiro de 2021 2min de leitura
Mato Grosso do Sul – O governo estadual e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) estão em tratativas para viabilização de recurso de mais de R$ 84,8 milhões a serem investidos no combate a incêndios no Pantanal. Nesta última semana, o secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP), Carlos Renato Paim, esteve em Mato Grosso do Sul para discutir a proposta.
Quem ficou por conta de apresentar a proposta foi o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Joilson do Amaral. Ele fez uma apresentação sobre o trabalho de combate aos incêndios ano passado e ressaltou que é preciso aparelhar a corporação para garantir melhor resultado em outras ocorrências.
“São recursos que serão investidos na aquisição de duas aeronaves, sendo um helicóptero e um Air Tractor e também em um caminhão tanque”, explicou o coronel Joilson do Amaral.
Sem uma aeronave dedicada a combater os focos de incêndio, em 2020 foi difícil para os Bombeiros conseguirem realizar o trabalho em áreas mais remotas do Pantanal, principalmente na região norte, incluindo onde está a Serra do Amolar. Foi necessária uma parceria com o Exército para garantir que houvesse o uso de aeronave e, mesmo assim, ela precisava ser abastecida em Campo Grande com água para depois retornar a Corumbá.
De acordo com o Comando dos Bombeiros Militar, a destinação dos recursos pode ser direta, entre o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e a corporação. O projeto que foi montado é para a criação de um eixo de prevenção e pronta resposta às emergências. Essa proposta está inclusa na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, por isso já há recursos disponíveis. É preciso agora a aprovação do projeto de Mato Grosso do Sul e o empenho da verba.
“Nós também pedimos a regulamentação da mobilização temporária de bombeiros com vistas ao atendimento de desastres em nível nacional”, acrescentou o comandante geral.
Após a reunião, ainda não houve devolutiva, mas o representante do Ministério da Justiça e Segurança Pública reconheceu a importância da questão e que vai trabalhar pela viabilização. Não foi definido um prazo para haver resposta sobre a aprovação dos projetos.
Estudos mostram que a cheia do Rio Paraguai não será como em anos anteriores, o que é um indicativo que a seca vai perdurar e novos focos de incêndio em grandes proporções não estão descartados para o final de 2021. “A cheia média anual registrada no Rio Paraguai não deve ser alcançada em 2021, assim como ocorreu nos últimos dois anos. O quadro é de seca com 97% de chance do rio ter uma cheia abaixo da média, conforme o SGB-CPRM (Serviço Geológico do Brasil – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), empresa do Ministério de Minas e Energia”, detalhou em nota o governo estadual.
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