Polícia Civil recebe helicóptero R-44 apreendido do narcotráfico
12 de novembro de 2020 2min de leitura
12 de novembro de 2020 2min de leitura
Mato Grosso do Sul – A Polícia Civil recebeu o helicóptero Robinson R44 para atuar em operações com aeronaves, além da estrutura aérea para o trabalho investigativo do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), em Campo Grande. Avaliado em R$ 900 mil, o helicóptero pertencia ao tráfico internacional de drogas e tinha uma manicure como “laranja”.
“É um fato histórico e novo. A Polícia Civil nunca teve aeronave cautelada e com a criação do departamento foi criada uma seção de operações aéreas, com estrutura de aeronaves para trabalho investigativo. O helicóptero de modelo americano é o primeiro, de mais três que teremos na corporação, sendo um Baron 58 e duas aeronaves modelo Cessna 210 “, o chefe da seção de operações aéreas do Dracco, Roberto Medina.
Além da Polícia Civil, Medina ressalta que a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro-MS) também usará o helicóptero para fazer fiscalizações do gado, em regiões de difícil acesso, como no Pantanal, por exemplo.
“É um programa de cooperação técnica após nós termos sido procurado pelo Iagro, diante da operação Ícaro, sabedores de que seriam operações aéreas legalizadas, regulares e com esse expertise de que são aeronaves que não teriam problemas, eles firmaram esse acordo, inclusive com a possibilidade de baixar custos e assim eles fazerem fiscalizações de forma mais eficiente em área pantaneira”, disse a delegada titular da Dracco, Ana Cláudia Medina.
O documento foi assinado pelo juiz na última sexta-feira (06/11) e também determina que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) faça a transferência do operador. Antes, a aeronave estava em nome de uma manicure que mora em São Luiz do Maranhão.
“A manicure de São Luiz do Maranhão estava como proprietária do veículo. Ela chegou a assinar contrato comprando o helicóptero de forma ilegal, era uma laranja do tráfico, assim como o Baron era de um pedreiro. No caso dele, no entanto, nós acreditamos que ele nem sabia, já que nunca esteve em Mato Grosso do Sul e vive como um assalariado. A manicure, porém, deve responder por lavagem de dinheiro, entre outros crimes”, explicou Roberto Medina.
Atualmente, o helicóptero ficará no hangar do Dracco, localizado no aeroporto Teruel.
Enviar comentário