O emprego de helicópteros pela Polícia Militar de São Paulo – Uma história que não foi contada
11 de agosto de 2018 2min de leitura
11 de agosto de 2018 2min de leitura
MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
EDUARDO ALEXANDRE BENI
Para entender o presente e evitar os erros do futuro, é importante conhecer o passado.
De forma até casual, recentemente conhecemos alguns Oficiais do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, já reformados, mas que continuam sendo grandes entusiastas da Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil.
Aproveitando a sorte de uma conversa produtiva e instrutiva, nos foi revelado que bem antes da criação do Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GRPAe) da PM de São Paulo, uma Comissão criada no Corpo de Bombeiros foi designada para estudar o emprego do helicóptero em suas missões.
O estudo se deu no início dos anos 80, mas precisamente em 1982, e com viés de apoio às missões de bombeiros, consagrando a certeza da necessidade e interesse da Corporação no emprego de helicóptero em missões especiais, à época.
Segundo os integrantes dessa Comissão, que entrevistamos, o trabalho foi finalizado e entregue ao Comando do Corpo de Bombeiros, e posteriormente não souberam mais do assunto, até que veio a criação do GRPAe no ano de 1984. (Saiba mais: Valores do Passado)
Em 1985 por ocasião do CAO I, o então Capitão Aguilar do Corpo de Bombeiros, que foi um dos integrantes da Comissão, realizou o primeiro estudo científico que se teve conhecimento, tratando o tema “Os helicópteros nas operações de bombeiro e policiamento“, ampliando ainda mais a pesquisa, ainda muito incipiente.
Os trabalhos podem não ter a exigências acadêmicas que vemos nas pesquisas atuais, porém, há que se considerar que foram construídos em uma época sem internet, celulares ou computadores e trazem conteúdo valioso e sem precedentes.
Por terem sido os pioneiros na pesquisa, foram necessárias visitas técnicas à Base Aérea de Santos (FAB), na recém inaugurada Helibras, aos helicópteros da CESP – Centrais Elétricas de São Paulo, às escolas de formação de pilotos, além das pesquisas em bibliotecas.
Conversando com o Cel Taneo, Cel Aguilar e Cel Mello, verifica-se que foram tarefas realizadas com o coração de voluntários, que doaram tempo e conhecimento pelo bem comum e com certeza abriram portas para o que vemos hoje pelos céus de nossos Estados.
Destacamos que nessa comissão, havia a presença do Ten Cel Caldas, dentre outros bombeiros, que participaram do incêndio dos edifícios Andraus e Joelma e constataram a importância dos helicópteros no salvamento.
Parabéns aos honrados membros da Comissão de 1982, criada para estudar o emprego de helicóptero nas missões do Corpo de Bombeiros. A vocês, nossos mais sinceros agradecimentos.
Encerramos aqui com as palavras do então Capitão Aguilar : “…finalizo este trabalho, por considerá-lo, apenas o esboço de uma grande obra, que a Milícia Bandeirante, em breve, realizará com a colaboração de todos os seus integrantes…
PRO BRASILIA FIANT EXIMIA
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