Operadores de helicópteros aeromédicos nos EUA são pressionados para melhorar a segurança
19 de julho de 2018 2min de leitura
19 de julho de 2018 2min de leitura
EUA – Os transportes aeromédicos podem ser mais perigosos do que outros voos normais de helicóptero, devido à urgência de responder às emergências, como acidentes de carro, ataques cardíacos ou partos prematuros.
Os operadores aeromédicos com fins lucrativos têm indicadores de segurança piores do que os operadores aeromédicos sem fins lucrativos ou de segurança pública, mostram pesquisas.
Um helicóptero aeromédico caiu no dia 2 de janeiro de 2013, no centro-norte do estado americano de Iowa, matando o piloto e dois tripulantes do Mercy Medical Center-North Iowa. Os investigadores federais apontaram como fator contribuinte as pás do helicóptero, alegando que a aeronave não estava equipada para voar no inverno.
Esse helicóptero era de propriedade e operado pela empresa Med-Trans, subsidiária da Air Medical Group Holdings, com sede no Texas/EUA.
A Air Methods, uma empresa com sede no Colorado/EUA, que possui 10 dos 16 helicópteros médicos registrados no estado americano de Iowa, teve três acidentes fatais matando um total de 10 pessoas no último ano em todo o país, segundo o banco de dados de acidentes aéreos do National Transportation Safety Board – NTSB americano.
O acidente mais recente foi em 26 de abril, quando um helicóptero da Air Methods caiu em uma área arborizada perto da cidade de Hazelhurst, Wisconsin/EUA, depois de desembarcar um paciente no hospital. O piloto e dois membros da tripulação médica morreram.
Uma investigação da Consumer Reports de 2017 mostrou que as quatro maiores operadoras aeromédicas americana – incluindo Air Methods, Air Medical Group Holdings, Metro Aviation e PHI Air Medical – estavam ligadas a 68% dos acidentes do setor entre 2010 e 2016, embora representassem apenas 51 por cento do mercado aeromédico americano.
Um estudo de 2014 no Journal of Trauma e Acute Care Surgery relatou 85 por cento dos 139 acidentes envolvendo aeronaves em missão aeromédica de 1998 a 2012 foram ligados a operadores comerciais. Os demais acidentes foram associados a helicópteros sem fins lucrativos ou de segurança pública.
Pesquisadores disseram que “deficiências em treinamento, redução da disponibilidade de equipamentos e recursos, bem como seleção questionável de vôos parecem desempenhar um papel fundamental” em acidentes de empresas com fins lucrativos. Em 2016 a Air Methods transportou mais de 70.000 pacientes, por isso os acidentes são raros.
A Administração Federal da Aviação americana (Federal Aviation Administration – FAA) em 2014 divulgou novas regras que exigem que os operadores aeromédicos sigam regras de voo mais rigorosas, melhorem a comunicação e o treinamento e adicionem mais equipamentos de segurança a bordo.
A Air Methods disse que algumas das regras de 2014 incorporavam coisas que a Air Methods já estava fazendo, como o uso de óculos de visão noturna e sistemas de conscientização do terreno. A empresa investiu mais de US $ 100 milhões em segurança nos últimos cinco anos e está investindo outros US $ 100 milhões em simuladores de última geração que permitem que os pilotos se preparem para situações de emergência, disse a Air Methods.
Fonte: The Gazette, por Erin Jordan.
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