Santa Catarina – Minutos na vida de um paciente fazem diferença. Ainda mais quando se trata de um acidente. Para o atendimento ser mais ágil e aumentar a expectativa de sobrevida de um paciente, a 5ª Companhia do Batalhão de Aviação da Polícia Militar, com sede em Lages, e a equipe de profissionais do SAMU trabalham em parceria, mas de maneira informal, desde 2015. O único objetivo dessa parceria é salvar vidas.

Porém, para reduzir o tempo de resposta, o SAMU precisaria ter uma equipe fixa no Aeroporto de Lages. Quando fossem acionados para uma ocorrência poderiam sair prontamente para atendimento. Da forma que é feita hoje, a equipe do helicóptero Águia 4 precisa esperar a equipe do SAMU se deslocar da base, levando em média 10 minutos até o aeroporto.

5ª Companhia de Aviação com o Helicóptero Águia 4. Foto: Andressa Ramos. Correio Lageano.

5ª Companhia de Aviação com o Helicóptero Águia 4. Foto: Andressa Ramos. Correio Lageano.

A equipe do Águia quer a parceria para ajudar os cidadãos, pois destaca que são pagos para executar trabalhos de ocorrências policiais, mas, como recebem essa demanda, atendem, juntamente com o SAMU, acidentes envolvendo pessoas.

O coordenador do SAMU em Lages, Leonardo Augusto Coelho, lembra do caso de um paciente em Anita Garibaldi que foi socorrido pelas equipes. “Nós chegamos, atendemos e trouxemos o paciente. Se não fosse de helicóptero, esse seria tempo apenas para chegarmos à cidade e fazer o socorro. Em distâncias longas, conseguimos cobrir com um bom tempo de resposta.”

Moção Legislativa Nº 0240/2017

Em resposta a uma moção legislativa de autoria do vereador Maurício Batalha Machado (PPS), o então secretário de Estado da Segurança Pública, César Augusto Grubba, definiu, de acordo com informações da gerência do SAMU, o momento atual como conturbado e inviável para o atendimento ao pleito.

Isso ocorre em virtude da cisão ocorrida com a Organização Social SPDM, que faz a gestão da regulação de urgência e o suporte avançado à vida, a qual está sendo substituída pela empresa OZZ Saúde. Com isso, há a necessidade de determinado tempo e condição econômica favorável para a celebração de novas parcerias em razão da otimização do uso dos recursos públicos com a redução de custos com aluguéis, pessoal, serviços, etc.

Secretaria de Estado da Saúde emite nota

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que a Região da Serra Catarinense tem a cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), tanto terrestre como aéreo.

A região possui uma cobertura com uma Central de Regulação em Lages; duas Unidades de Suporte Avançado (UTI móvel), sendo uma em Lages e outra em São Joaquim; e oito Unidades de Suporte Básico, sendo duas em Lages, uma em São Joaquim; uma em Otacílio Costa, uma em Campo Belo do Sul, uma em Bocaina do Sul, uma em São José do Cerrito e uma em Bom Retiro.

No transporte aeromédico, a Serra Catarinense está assistida pelas aeronaves Arcanjo 4 (asa fixa) de Florianópolis para as transferência e transportes, e também do Arcanjo 2 (asa rotativa) de Blumenau, que fornece suporte e atendimento à região.

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A Serra Catarinense possui uma população de 291.372 habitantes e é a menos populosa do Estado. O número de ocorrências é proporcional ao número de habitantes. Segundo informações da gerência do SAMU, o serviço atende a população da Serra Catarinense com qualidade.

Além disso, a atual condição orçamentária do Estado não possui recursos para financiar a manutenção de uma aeronave na região devido ao alto investimento. Os custos giram em torno de R$ 66 mil por mês para contratação, encargos e benefícios das equipes de enfermeiros e médicos.

Há também o custo dos equipamentos e materiais médico-hospitalares, serviço de esterilização, serviço de limpeza, insumos, custo e viabilização da compra de 18 mil litros de combustível a cada seis meses, sendo que somente o querosene de aviação custaria aproximadamente R$ 90 mil por semestre.

Fonte: Correio Lageano, por Andressa Ramos.