Acadêmicos de Medicina apresentam estudo de caso sobre o SAMU de Alagoas
24 de dezembro de 2017 3min de leitura
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Alagoas – Para mostrar o que aprenderam e vivenciaram durante os seis meses de estágio dentro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas, os acadêmicos de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) apresentaram um estudo de caso como trabalho final. As apresentações aconteceram no dia 14 de dezembro, no auditório do Núcleo de Educação Permanente (NEP), no bairro do Farol.
O estágio oferecido pelo Samu é dividido em um curso teórico e prático, onde 25 alunos do 5º ano de Medicina da Uncisal aprendem mais sobre o funcionamento do serviço de urgência e emergência móvel no Estado.
De acordo com Sandra Gico, instrutora médica do NEP, os alunos acompanham de perto todo o funcionamento do Samu, desde a ligação feita pelo solicitante até o atendimento da ocorrência.
“Aqui, os futuros médicos irão adquirir habilidades técnicas para saber como devem agir em casos onde precise dos serviços do Samu. Durante o estágio, os acadêmicos aprenderam como proceder nas ocorrências, quais procedimentos devem ser feitos, e conhecerem a rede de urgência e emergência do Estado para saber qual a unidade de saúde referência para receber o paciente”, explicou a médica.
Os estudantes saem para as ocorrências quando uma Unidade de Suporte Avançado (USA) é liberada, somente acompanhando, sem realizar nenhum tipo de procedimento, que é feito pela equipe formada por um médico, enfermeiro, condutor socorrista e técnico de enfermagem.
Tempo-resposta mínimo
Um dos acadêmicos que finalizou o estágio no Samu foi Wellington Moreira da Silva, 31 anos. Ele apresentou o estudo de caso sobre o atropelamento de uma criança no município de Teotônio Vilela, em que o estudante acompanhou a transferência do garoto para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Para essa ocorrência foram liberadas duas ambulâncias, sendo uma Unidade de Suporte Básico (USB) e outra de Suporte Avançado, além do Falcão 05, helicóptero do Serviço Aeromédico do Samu.
“Quando a equipe da USB da base descentralizada de Teotonio Vilela chegou ao local constatou uma fratura exposta na perna direita do garoto e que ele havia perdido muito sangue. Com essa informação, o médico regulador liberou o Falcão 05 para fazer o transporte até Maceió e uma USA para deslocar o paciente ao HGE”, conta o estudante.
“Toda a operação durou cerca de 1 hora e 40 minutos, esse foi o tempo-resposta mais rápido que poderia existir. E tudo graças aos conhecimentos do médico regulador, que soube avaliar bem a situação e liberar o helicóptero imediatamente. Para a apresentação fiz uma pesquisa e constatei que se a criança tivesse vindo por via terrestre levaria, no mínimo, 1 hora e 50 minutos, isso sem contar com trânsito na estrada e outras situações que poderiam interferir no trajeto até o HGE”, relatou o acadêmico.
Wellington Moreira ainda falou sobre como foi importante para a sua formação profissional esses seis meses que passou no Samu Maceió, ainda mais pelo fato de a disciplina teórica de urgência e emergência não constar na grade curricular do estudante.
“O período que passei aqui foi muito gratificante, porque pude aprender na prática o funcionamento de um serviço de urgência e emergência. No trabalho que apresentei mostrei um caso, onde pude ver a importância do papel do médico regulador, em avaliar a situação e saber qual o tipo de viatura deve ser liberada para cada ocorrência, sempre pensando no menor tempo-resposta possível para a vítima”, finalizou.
Todos os anos, cerca de 50 estudantes de Medicina da Unsical passam pelo Samu, divididos em duas turmas, com duração de seis meses cada estágio.
Agência Alagoas, por João Victor Barroso.
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