Rio de Janeiro – O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, responsável por chegar de helicóptero em casos graves de resgate e atender a quase todo tipo de emergência, não apenas na capital, mas em qualquer município do estado, salvou mais de 360 vidas este ano.

Rio de Janeiro, 02/02/2017. Dia a dia do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros. Fotos: Carlos Magno

Dia a dia do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros. Fotos: Carlos Magno.

De janeiro a outubro, o GOA já contabilizou 1.095 horas de voo. Foram atendidos 530 eventos dos mais diversos nesse período, sendo os principais o transporte inter-hospitalar neonatal, a evacuação aeromédica de vítimas graves de acidentes automobilísticos, o salvamento no mar e o combate a incêndio florestal.

“A utilização da aeronave reduz enormemente o tempo de resposta e de transporte das vítimas até o hospital de referência, o que significa um aumento na possibilidade de sobrevivência e de recuperação plena desta vítima”, explicou o tenente-coronel e comandante do GOA, Adalberto Sobral Neiva, piloto de helicóptero com mais de 14 anos de experiência.

Rapidez

O Grupamento de Operações Aéreas, que tem sua base operacional na Lagoa Rodrigo de Freitas, é capaz de atender o ponto mais distante do estado em 1h20, onde um apoio operacional por vias terrestres demoraria mais de 5 horas para chegar, como é o caso do extremo Norte Fluminense.

Nas ocorrências de transporte inter-hospitalar neonatal, a criança recém-nascida é transportada pela aeronave até hospitais referenciados, o que muitas vezes não seria possível pela via terrestre em virtude da fragilidade da saúde do bebê e do grande tempo de deslocamento.

Quando a guarnição do quartel da área onde ocorreu um acidente verifica a necessidade do socorro aéreo, é solicitado o apoio da aeronave, que conta com uma tripulação formada por médico, enfermeiro e técnico em emergências médicas, além de todo o aparato necessário para um atendimento avançado da vítima.

Incêndios Florestais

Aeronaves fazem abastecimento de água na sede do 11ª BPM. Combate no teleférico, em Friburgo, já passa de 36 horas (Foto: 6º GBM/Divulgação)

Combate no teleférico, em Friburgo. Foto: 6º GBM/Divulgação.

Em virtude do baixo índice pluviométrico dos meses de julho a setembro, ocorreu um número elevado de incêndios florestais, em especial na Região Serrana. Este ano, os helicópteros da corporação já atuaram em 81 ocorrências relacionadas a fogo em vegetação, em todo o estado, sendo 59 somente em setembro.

Para esse tipo de combate é utilizado um equipamento chamado Bambi Bucket, que é uma espécie de balde pendurado através de cabos no gancho da aeronave, onde se pode carregar até 500 litros de água para lançamento nas áreas incendiadas.

Imprensa RJ, Fernanda Domingues.