92 anos da travessia do JAHU
06 de maio de 2019 1min de leitura
O piloto venceu sabotagens no motor, chantagens, a falta de apoio dos governantes, teve que remontar todo o motor do avião em uma ilha no meio do Atlântico sem os mínimos recursos e lá, em Cabo Verde, enfrentou 4 crises consecutivas de malária.
Chegou a receber um telegrama do presidente Washington Luis ordenando que desmontasse todo o avião e voltasse com ele ao Brasil, de navio, além de ser alvo de reportagens de alguns jornais cariocas satirizando sua tentativa.
Após demitir o Co-Piloto que havia sabotado o motor quando decolaram da Europa rumo ao Brasil, seu irmão viajou até a Ilha de Cabo Verde com o novo co-piloto escolhido para completar a missão, mas ao ver o Comandante em péssimo estado de saúde tentou convencê-lo a desistir da viagem aérea, mas apesar de tudo em 28 de abril de 1927, partindo de Porto Praia às 4:30 A.M., na ilha de Santiago em Cabo Verde, cruzou o Atlântico com seus três companheiros a bordo do Jahú em uma aventura de altos riscos.
Apesar de um dos motores apresentar problemas durante a viagem e enfrentar forte chuva, conseguiu estabelecer um recorde de velocidade na época e amerissou triunfante na enseada norte de Fernando de Noronha no mesmo dia às 17:00h.
Motivos para desistir não faltaram, mas chega um momento da vida em que desistir dos sonhos deixa de ser uma opção.
Parabéns ao JAHU, ao co-piloto João Negrão, aos navegadores Newton Braga e Vasco Cinquini e ao Comandante João Ribeiro de Barros pelos 92 anos da primeira travessia aérea intercontinental sem auxílio de embarcações e nem do governo.
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